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30 de maio de 2016

A CORJA ESTÁ SUCUMBINDO À LAVA JATO

O juiz Moro e a Lava Jato são patrimônio do povo do Brasil
Os segredos, mesmo os de alcova, jamais serão mantidos invioláveis em Brasília, mesmo que os dois envolvidos saibam de todo o enredo, como se viu na fulgurante queda do ministro Romero Jucá, vítima das transcrições das conversas com Sérgio Machado. Esse lamentável episódio da nova peça que se monta nos palcos do Planalto Central, mostra já em seus primeiros atos que pelo menos dois momentos foram incorreta e imprudentemente ensaiados: a nomeação do competente, porém exaustivamente investigado, Romero Jucá, como também as tramoias arquitetadas por correligionários. As gravações com Sérgio Machado, assim como a permanência de investigados na Lava Jato no governo Temer, mostram que a classe política ainda não admitiu o quanto questões como ética e moralidade são fundamentais para a opinião pública. Tanto o são que foram determinantes para a queda de Dilma, como na obstrução à posse de Lula, depois de vir à tona gravações onde chamava correligionários de frouxos por não conseguirem manipular as investigações da polícia e do Ministério Público, as decisões da Justiça e os movimentos do Legislativo. Lula, Jucá e outros atores públicos centrais desprezaram o imenso valor e a inusitada importância que a Lava Jato tem para a sociedade. Temer e sua abalizada equipe econômica precisam entender urgentemente que recuperar a devastada economia é tão importante (e difícil) quanto restabelecer a credibilidade, sobretudo quando se apreciarão no Legislativo medidas impopulares, para cuja aprovação, a credibilidade será determinante. A recuperação da economia é emergência fundamental, mas a sociedade quer com inegociável ardor e, similar prioridade, o sucesso da Lava Jato pela perspectiva única que ela lhe dá de uma saída digna para uma reorganização salutar do esquema político-partidário corrupto que arruinou o País. 

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