Emoção e razão devem ter o equilíbrio para quem quer ser feliz |
Viver é um privilégio. Só reconhecemos essa dádiva quando, durante nossa existência aqui na Terra, passamos por percalços que nos fazem sentir uma imensa vontade de gritar para todos os recantos do mundo o quanto existir é bom e que a vida precisa ser encarada como um grande desafio. Sabiamente a natureza, para modelar nossa passagem como vivente, nos impõe sacrifícios, decepções e muitas alegrias. Durante todo nosso processo de formação da vida, enfrentamos doenças, sede, fome, frio, a perda de um ente querido, o esforço do aprendizado, a competição na vida profissional, enfim, os percalços do dia a dia, isso para darmos valor à vida. Muitas vezes o sacrifício vem como um exemplo: o Cristo, os Mártires Cristãos, o Holocausto. Sacrifício é um ato sublime, nobre e também de abnegação em favor dos outros. Viver é ter decepções conosco, com os outros, com os problemas mundiais. Com tanta maldade que campeia o mundo de hoje e a falta de providências pelas autoridades competentes, chega um momento em que nos sentimos revoltados e, impotentes, passamos a perguntar: que mundo é esse que se curva ao mal? Que mundo é esse que está sendo destruído e não reagimos? Que mundo é esse em que vemos milhões de irmãos morrendo de fome e não vamos saciá-los? Que mundo é esse que os povos migram de suas terras para não morrer e não os acolhemos? Que mundo é esse que se digladia somente pelo poder? Que mundo é esse do qual aceitamos impávidos sua destruição e não paramos para reconstruí-lo? Que mundo é esse em que deixamos nosso irmão ao relento e não lhe damos abrigo? E as perguntas continuam: por que as disputas e não a conciliação? Por que matar e não salvar? Por que virar as costas e não abraçar? Por que roubar e não nos contentarmos com o pouco que temos? Por que ser descrente e não crer? Por que o egoísmo e não a bondade? Por que o mal e não o bem? Por que as desigualdades se se pode viver de mãos dadas? Por que poluir se precisamos respirar o ar puro? Por que tanta crença se existe apenas um Deus? Por que o embuste se esse não prospera? Por que usar a força e não a conciliação? Por que o enfrentamento do dia a dia, se abraçados podemos ser mais fortes? A alegria de viver suplanta todos os sacrifícios e decepções. Não importa nossa condição financeira ou social. Viver alegre mesmo que seja em “nosso pequeno mundo”. Existe maior alegria quando ajudamos honestamente um necessitado? Ou quando recebemos o carinho de quem amamos? Quanta alegria sentimos quando estamos reunidos com parentes e amigos e relembramos as histórias do passado! Não podemos ir além das nossas forças, precisamos ver o belo e o bom, precisamos amar, e nos doar para sermos lembrados e recompensados depois de nossa passagem aqui pela Terra. E cada um do seu jeito, torna-se feliz. Daí pode cantar a canção do Gonzaguinha: “viver e não ter a vergonha de ser feliz...”
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