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A festa da Páscoa é a mais importante do ano tanto para cristãos quanto para judeus. Enquanto os cristãos comemoram a ressurreição de Jesus Cristo, os judeus fazem memória da libertação de seu povo, que era escravo no Egito há mais de 3 mil anos. Embora as duas religiões a celebrem com enfoques e em datas distintas, há uma relação profunda entre ambas. A palavra Páscoa significa "passagem", pois a festa foi instituída pelos judeus para celebrar a passagem da escravidão do Egito para a liberdade de sair e buscar a terra prometida. Os primeiros cristãos eram judeus. Quando Jesus celebrou sua última ceia junto aos discípulos, na véspera de sua crucificação, ele estava comemorando a Páscoa judaica. De acordo com o relato bíblico, Jesus foi preso, acusado, examinado, sentenciado e executado publicamente, por meio da crucificação, considerada a forma mais humilhante de punição, aplicada a escravos rebeldes, criminosos violentos e subversivos políticos. Ainda segundo a Bíblia, no terceiro dia o nazareno ressuscitou dos mortos. A mensagem de Jesus foi, então, propagada para diferentes territórios, rompendo as fronteiras do judaísmo. Durante quase três séculos, os cristãos foram alvo de grande perseguição por parte de Roma. A grande virada ocorreu no século IV, quando o Cristianismo se tornou a religião oficial do Império Romano, transformando toda a história ocidental. Com o declínio do Império Romano, a Igreja assumiu também o poder civil. A história do Cristianismo passou a ser, então, a própria história da civilização ocidental. Sua influência perpassa a arte, a linguagem, a política, lei, a vida familiar, as datas no calendário, a música e a forma de pensar. Assim como o Natal, a festa da Páscoa se encontra hoje descaracterizada. Tornou-se mais uma data comercial, simbolizada pelos ovos de chocolate e pelo coelho. Entretanto, mesmo os que não se consideram religiosos ou não acreditam na divindade de Jesus, não podem negar o impacto de seus ensinamentos. Não é algo que se possa ignorar ou desprezar totalmente.
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