Pena de morte jamais atingiria
políticos criminosos no Brasil
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A
discussão sobre pena capital é algo que causa polêmica em todo o mundo. Há
argumentos razoáveis que a justificam e que a condenam. A pena de morte ainda é
aplicada em muitos países, inclusive em nações consideradas desenvolvidas.
Entretanto, não se pode dizer sua aplicação tenha provocado diminuição
considerável dos delitos vinculados, nem que tenha impedido a atuação de
pessoas na prática dos crimes cominados com essa pena capital. As Nações
Unidas reconhece o direito de cada pessoa à vida, afirmando ainda que ninguém
deve ser sujeitado a tortura ou a tratamento ou castigo cruel, desumano e
degradante. A pena de morte viola estes direitos. A adoção de outros tratados
regionais e internacionais tem apoiado a abolição da pena de morte. No
Brasil, a pena máxima para todo e qualquer delito é de 30 anos de reclusão,
conforme prevê a nossa legislação. Não há permissão para implantação da pena de
morte, com exceção apenas em períodos de guerras. Mesmo assim, muitas pessoas consideram necessária a
aplicação para punir aqueles que cometem crimes hediondos. Ocorre que todos os
sistemas de justiça criminal são vulneráveis à discriminação e ao erro. Nenhum sistema é, nem será,
capaz de decidir com justiça, com consistência e sem falhas quem deverá viver e
quem deverá morrer. A rotina, as discriminações e a força da opinião pública
podem influenciar todo o processo. Enquanto a justiça humana for falível, o
risco de se executar um inocente não pode ser eliminado. Embora a pena
de morte seja entendida pelo senso comum como medida justa a ser tomada contra
os praticantes de crimes cruéis e hediondos, é válido que a sociedade se
pergunte se valem a pena os riscos que assume com condenações de inocentes.
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