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25 de fevereiro de 2016

MELHOR QUE SER EMPRESÁRIO E INDUSTRIAL, É SER DONO DE IGREJA

Não acredito que pastores milionários terão o céu que prometem
Para abrir uma empresa no Brasil não basta apenas ter o capital para investimento. Necessário se faz cumprir todo um ritual burocrático e outras medidas que envolvem custo e dinheiro para regularizar a documentação. Para manter um micronegócio e gerar empregos, tirar jovens das ruas, o empresário é sufocado pela obrigatória quantidade de impostos a pagar. Ao contrário, para abrir uma igreja bastam poucos tostões e a fidalguia de isenção de tributos, declaração de rendimentos e outras regalias que ficam longe do cidadão comum. O negócio é tão fácil e lucrativo que hoje fortunas e fortunas estão por trás de milionárias igrejas evangélicas. Seus líderes ficaram economicamente tão poderosos que no Congresso Nacional valem quanto pesam em importantes decisões de interesse dos seus lucrativos conchavos. Nos estados e municípios estão no legislativo e exercem grande influência na vida comunitária local. Os seguidores, com a generosidade das suas doações nos vários cultos diários, iludidos pelas promessas de salvação, acreditam numa milagrosa mudança de vida para melhor. Casa, carro, dinheiro, felicidade tudo chegará muito rápido graças ao reconhecimento de Deus pelo sacrifício de doar atendendo ao dramático apelo dos pastores. A pilantragem é tamanha que vendem meias, cuecas, vassouras ungidas, martelinho milagroso. Enquanto isso, os líderes religiosos vão engordando os seus patrimônios com aquisição de redes de rádio e televisão, fazendas e bois, mansões no Brasil e exterior, aviões particulares. São reverenciados por políticos, ganham passaporte diplomático, presentes de todo o tipo, dinheiro ou influência, principalmente em anos eleitorais. Para a justiça brasileira, as igrejas são entidades filantrópicas, sem fins lucrativos, por isso isentas de imposto de renda, IPVA e até IPTU. Com milhões e milhões de dinheiro sendo movimentado em contas bancárias e aplicações financeiras, não pagam IR e IOF. Negócio melhor que essa “Loteria Celestial”, só quem descobriu foi o PT com o mensalão e petrolão. Por trás das cinco principais igrejas evangélicas no Brasil e que congregaram o maior número de seguidores, existe um patrimônio líquido de três bilhões de reais, dos quais dois bilhões concentram-se em apenas uma delas, também proprietárias de um império de comunicação espalhado por todos os lugares do País. Esses números foram pesquisados pela revista americana Forbes, que debruçou-se sobre a fortuna dos “multimilionários” líderes evangélicos brasileiros. A indústria da fé no Brasil virou um negócio altamente lucrativo que expande sem controle, ética e pudor, “em nome do Senhor”.

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