Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

3 de fevereiro de 2016

PREFEITO QUE NÃO AGUENTA COM A MANDINGA NÃO CARREGA PATUÁ

Não é pecado o prefeito participar de uma festa de oferendas
de terreiro de candomblé, ou procissão do padroeiro São José
Seria cômica se não fosse trágica a ameaça de alguns prefeitos, inclusive da presidente da UPB, Maria Quitéria, ao afirmar que diante da situação financeira em que se encontram, prefeituras de pequenas cidades terão de fechar as portas. Lacônico mesmo! Em primeiro lugar porque a prefeitura não é do prefeito; é do município, do povo, da comunidade que elege o prefeito para administrar, não para chorar. Prefeitura não é boteco, que o dono pode fechar quando as coisas não vão bem. Administrar com dinheiro, sempre ouvi dizer que é a coisa mais fácil do mundo. Aliás, até eu, se me entregassem um desses municípios com um “caminhão” de dinheiro, quem sabe conseguiria apresentar serviço. Crise não deve ser vista como um câncer desses que mata gente, e sim como oportunidade para o prefeito mostrar sua competência. Se não a tem, são “outros quinhentos”. Deveria ter se auto-avaliado antes de sair candidato – na campanha, são salvadores da Pátria e prometem, sobretudo, acabar com a mesmice, como fizera Claudevane Leite (PC do B), antes de tomar posse como prefeito de Itabuna. Parece que essas reuniões da UPB, que até pouco tempo discutiam solução para crises, ganharam clima de velório em 2015. Antes de começar a sessão, quem sabe não seria interessante distribuir lencinhos para esses derrotistas tentarem estancar esse mar de lágrimas? Como diz aquele velho adágio: “choram mais que bezerro desmamado”. E ainda tentam colocar a culpa na pobre “vaquinha”! Essa “churumela” toda, como diria aquele humorista, se transforma em um tipo de terrorismo em cima das comunidades, para justificar a falta de competência deles.  Se o prefeito achou que iria navegar em águas mansas e agora se deu conta que o mar está revolto e não acha maneira de conter a onda, que renuncie. De repente o vice – que sempre está de olho no cargo – poderá ser mais criativo e corajoso. E, como todo vice-prefeito está sempre de olho naquela cadeira, poderia ser uma bela solução. Ainda que este vice seja quem de fato, manda e desmanda na Prefeitura, como suspeita-se seja o caso de Wenceslau Jr., em Itabuna. Será que esses prefeitos, desconheciam a situação e agora estão confessando que compraram “gato por lebre”? Aí vem o choro: “não tenho dinheiro para pagar as contas”. E, pasmem, cheguei ouvir de um deles, daqui da Amurc: “não tenho dinheiro nem para pagar as dívidas da campanha”. É mole? Atestado de burrice ou confissão de um crime que pretende praticar? Pagar as contas da campanha com dinheiro da prefeitura? Pensar antes de falar é boa receita. A situação pode ser ruim. Não duvidamos disso. Mas e daí? Peçam ajuda aos seus deputados, dos quais os senhores são os chamados “cabos eleitorais de luxo”, tanto no plano estadual quanto no federal. Embora a maioria deles, deputados e senadores, esteja mais preocupada em terem seus próprios benefícios. Em todo caso, quem sabe uma “Marcha a Brasília”? Uma coisa já tão tradicional, que na maioria das vezes resulta em nada de prático para a solução dos problemas dos municípios. Prefeitos voltam de lá com a barriga cheia de promessas, que passam ao contribuinte tentando justificar as despesas para os cofres municipais. Na realidade, quem marcha é o povo, sem ir a Brasília. Para certos prefeitos, que adoram o conforto de um hotel cinco estrelas, onde poderão gozar de regalias que os eleitores jamais imaginam, bastando pedir à portaria, tudo resulta maravilhoso! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: