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Câmara

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31 de janeiro de 2016

O DIA DE ONTEM JÁ ME DEIXOU SAUDADES

Não conheço uma só pessoa, que ainda não tenha sentido uma
enorme saudade de outra pessoa, ou de algo importante na vida
Ontem comemoramos o Dia da Saudade, este sentimento gostoso que aumenta em nossa vida à medida que vamos envelhecendo. A saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de tudo o que vivemos e que ficou impresso em nossa alma. Todos nós temos em casa objetos, fotografias, papeis que, ao tocá-los, ao vê-los, nos provoca uma imensa saudade de pedaços de nossa vida. Alguns, por algum motivo, não saem de perto de nós; outros são expostos porque estão associados a lembranças de pessoas ou momentos vividos que nos tocaram bem de perto. E assim não conseguimos nos desvencilhar deles. É a saudade que não deixa que eles se separem de nós. São marcas eternas em nossa alma, cheias de saudades de momentos vividos. Saudade rima com felicidade e eternidade. Pode ser uma saudade bem sentida, pode ser uma saudade dolorida, daquelas que nos aperta o coração. Como diz Pablo Neruda: “Saudade é sentir que existe o que não existe mais. Saudade é solidão acompanhada. Não ter por quem sentir saudades, é passar pela vida e não viver”. Se há tantas e ao mesmo tempo imprecisas definições de saudade, resta-nos apenas cultivá-la com carinho e ouvindo música, olhando fotografias, sentindo a brisa da madrugada, recordando momentos que se foram. Saibamos viver plenamente o momento presente, pois ele será a saudosa lembrança do amanhã, a saudade que virá com certeza.

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