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2 de novembro de 2015

FIZ QUE FUI E NÃO FUI, ENQUANTO A VACA FICA E OS TANQUES NÃO VEM


O que mais entristece, é ter mais um feriadão com Dilma em pé
Diante do contexto de transformações pelo qual o Brasil passa, o escrevidor deste Blog pensou em não perder mais tempo e dar uma pausa para o gozo deste feriadão dedicado aos mortos. O temor que me fez desistir do lazer, talvez exagerado, é que os desajustes do Palácio do Planalto convençam as forças armadas a acabar com a orgia petista de confundir dinheiro público com fezes de cavalo cego do bandido da tarja vermelha.  E caso isso ocorra, não quero perder o trilhar dos tanques nas ruas. Pretendia dedicar estes dias de final de semana prolongado ao ócio absoluto. Poderia tentar aproveitar o tempo para entender alguns mistérios da atualidade. Um deles seria saber o motivo de socialistas brasileiros de esquerda terem sobreposto o sentido mais pejorativo da obra de Maquiavel à suposta ideologia que pregavam com livros de Marx e de outros pensadores mais dedicados ao proletariado. Outro desafio seria entender o motivo de boa parte dos líderes partidários de direita, oposicionistas, também terem lançado mão do mesmo maquiavelismo que garantiu a governabilidade corrupta dos governos petistas, para conquistar o principado, o poder pelo poder. Por que a esquerda chama de golpe a busca pela punição de quem se omitiu ou executou os sucessivos golpes que eles mesmos patrocinaram contra o erário e a democracia? Quando entenderão que o cinismo de sua “defesa da democracia” agride, quando usado sem moderação? Por que a direita não consegue disfarçar sua incompetência como oposição, após falir como opção de voto? Como não conquistaram legitimidade para conduzir alguma mudança, apesar da elevada insatisfação popular, após meses de caos? Pensando melhor, seria mais proveitoso se eu fosse à casa de praia da minha querida tia Vandi, para refletir sobre este estado de coisas e por tudo no papel, na volta do feriadão. Todavia, decidi ficar. Mesmo que os tanques não venham. Aquietar os pensamentos é a prioridade. Até porque nunca se sabe quando a famigerada vaca voltará a tossir, ou os generais vão assumir.

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