Coloquei esta estátua de Cristo
no Cemitério de Itabuna, para
Identificar o mausoléu da minha
família e saudar quem a ver
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Hoje
reverenciaremos na oração os nossos irmãos falecidos. O Dia de Finados
coloca-nos diante de uma questão fundamental para nossa existência: a questão
da morte. Nosso modo de enfrentar a vida depende muito do modo como encaramos a
morte e vice-versa! Há quatro modos possíveis de encará-la: (1) Há aqueles que
cinicamente a ignoram. Vivem como se um dia não tivessem que morrer:
preocupam-se tão somente com esta vida: comamos e bebamos! Estes, quando
tiverem que enfrentar a própria morte, que vazio, que absurdo encontrarão! É o
preço a pagar pelo modo leviano com que viveram a vida! Isto é triste porque
quando o homem não pensa na morte, esquece que é passageiro e, assim, começa a
julgar-se Deus de si mesmo e tudo que consegue é infernizar sua vida e a dos
outros. São tantos os exemplos atuais... (2) Há ainda aqueles que diante da
morte se angustiam, apavoram-se até ao desespero; sentem-se esmagados pela
certeza da poderosa adversária. (3) Há também os otimistas ingênuos. Vemo-los
nessas seitas esotéricas de inspiração oriental e em todas as doutrinas
reencarnacionistas. Afirmam que o mal, a doença, a morte, são apenas ilusão: a
meditação, o autocontrole, a purificação contínua, podem libertar o homem de
tais ilusões; o Espiritismo, proclama, bêbado de doce ilusão: “A morte não
existe. Não há mortos. Não há morte para nos agredir; há somente uma
desencarnação! Mas, há ainda um último modo de encarar a morte, tipicamente
cristão. Sabemos que ela é uma realidade que não estava no plano de Deus para
nós: não fomos criados para a ela, mas para a vida! Deus não é o autor da
morte, não a quer nem se conforma com ela! Por isso mesmo enviou-nos o seu
Filho, aquele mesmo que disse: “Eu sou a Vida; eu sou a Ressurreição!” Ele
morreu da nossa morte para que nós não morramos sozinhos, mas morramos com ele
e como ele, que venceu a morte! A morte, que era como uma caverna escura, sem
saída, tornou-se um túnel, cujo final é luminoso. Cristo arrombou as portas da
morte! Ela tornou-se apenas uma passagem para a nossa Páscoa deste mundo para o
Pai: “Ainda que eu passe pelo vale da morte, nenhum mal temerei, porque está
comigo!” Em Cristo a morte pode ser enfrentada e vencida! Ela continua
dolorosa, mas se no dia a dia aprendermos a viver unidos a Cristo e a vivenciar
as pequenas mortes de cada momento em comunhão com Senhor que venceu a morte, a
morte final será um “adormecer em Cristo”. Rezemos pelos nossos mortos, para
que estejam plenamente na Glória do Ressuscitado. – Dai-lhes, Senhor, o
Descanso eterno; que a Luz perpétua os ilumine! As suas almas repousem em paz!
Amém.
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