DAVIDSON E GABRIELI QUEREM SALVAR A PETROBRAS

Davidson é capaz de rezar o “Pai Nosso”, quando isso lhe convém

Um pouco embevecido pela sabedoria de William Shakespeare e perplexo pela extraordinária capacidade de cinismo e desfarçatez do comunista Davidson Magalhães, os utilizei para raciocinar um pouco sobre o quanto alguns indivíduos deveriam ser o que parecem ou, pelo menos, não parecessem o que não são. William Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Seus textos literários são verdadeiras obras de arte e permaneceram vivas até os dias de hoje, onde são retratadas freqüentemente pelo teatro, televisão, cinema e literatura. William Shakespeare se fez verdade num cenário de ilusão. Davidson Magalhães nunca escreveu um só poema, um conto, ou uma curta peça de teatro. Mas não há na Bahia nenhum político, que seja melhor ator que ele. É fantástica sua habilidade de sorrir, quando está triste e de chorar quando está feliz. Poucos são tão sagazes, astutos e fingidos. Ele é mestre na arte de dissimular. Davidson Magalhães se fez mentira num palco onde a verdade deveria ser a tônica. Talvez isto explique sua falta de vergonha na cara, para se dizer líder do movimento nacional de defesa da Petrobras, tendo como maior parceiro nessa luta, ninguém menos que Sérgio Gabrielli, que protagonizou o momento mais sombrio e fraudulento a que a empresa esteve submetida. Gabrielli foi na presidência da Petrobras, algo como uma raposa tomando conta do galinheiro. E as consequência são tão sujas, que nem Lava-jato tem resultado numa limpesa inconteste e salvo-conduto para todos implicados. Desta forma, a verdade de Davidson querer defender a Petrobras, é algo tão sustentável quanto um skatista puxando um elefante; um deputado com terno e gravata na praia, ou um computador numa ilha sem energia. E já que iniciamos este nosso texto, citando William Shakespeare, vamos finalizá-lo com uma das suas melhores frases e que bem se enquadra na índole de Davidson Magalhães: “O diabo pode citar as Escrituras quando isso lhe convém”.