Vane não precisa só de óleo ungido para se livrar dos problemas |
A situação financeira do Município de Itabuna chegou ao ponto de fazer com que o prefeito Claudevane Leite (PC do B) anunciasse que demitirá 200 servidores. A insegurança do funcionalismo diante de tal informação não é única. Outros setores dependentes de recursos públicos temem que hospitais, escolas e a segurança, entre outras áreas consideradas essenciais, passem a enfrentar a imprevisibilidade em relação a manutenção dos empregos como parte da rotina das pessoas, das instituições e de todos que delas dependem. Disse o prefeito Vane do Renacer, em recente coletiva à imprensa, que o Município não só está perdendo a capacidade de investir, mas até mesmo de manter compromissos em dia. Medidas já adotadas, como o cumprimento de metas de racionalização de despesas para cada área da administração, mostram-se insuficientes para o tamanho da crise financeira a que a prefeitura de Itabuna está submetida. É justo que o governo amplie o esforço para que as contas cheguem pelo menos perto do equilíbrio, o que inclui a pretendida redução de investimentos em infra-estrutura e até redução do inchado quadro de servidores. Mas, para que a crise não assuma as feições de um impasse incontornável, será preciso agir com rapidez. As ações governamentais devem ser conduzidas com transparência, e o interesse da maioria terá de se sobrepor à intransigência corporativa e partidária. É atribuição e prerrogativa do prefeito a definição de prioridades. Isso não significa que não devam ser debatidas e compartilhadas. Ao contrário, o governo reforçará a legitimidade de seus atos se tiver a compreensão e o apoio dos demais poderes e da sociedade, inclusive via consulta ampla e óbvias.
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