Vane está fracassando em sua promessa de melhorar a Saúde |
Todas as cadeiras do posto médico do bairro da Califórnia estão ocupadas, no começo desta noite de terça-feira/06. Do lado de fora, há quem aguarde desde o início da tarde, em pé ou sentado no chão, com a esperança de ser chamado. Em uma das paredes da sala — não reformada e pintada há mais de 3 anos —, um cartaz avisa: “Apenas um clínico médico está atendendo hoje. Por isso, pacientes em estado gravíssimo serão priorizados”. Uma mulher passa mal na fila de espera, mas, fora o alvoroço dos familiares, nada acontece. Os funcionários da unidade já estão sobrecarregados. Para alguns, a situação pode parecer absurda, mas retrata o cotidiano de hospitais e postos públicos de Itabuna. A pane geral que tomou conta da saúde na cidade nos últimos anos parece se agravar a cada dia, mesmo com um prefeito que prometeu acabar com a mesmice e resolver todos os problemas de saúde, em seis meses depois da posse. Com a atual crise econômica do governo Vane, as perspectivas de mudança no setor são ainda mais preocupantes: servidores apreensivos assistentes colegas serem demitidos e apreensivos tremem com a possibilidade de terem seus nomes nas próximas listas de demitidos. Nas emergências superlotadas e nas portas dos consultórios, dezenas de pacientes se atormentam diante da precariedade do setor. Horas de espera, poucos médicos e instalações em condições precárias são apenas algumas das dificuldades enfrentadas por quem depende do governo para cuidar do bem-estar. Os profissionais da área também lidam diariamente com inúmeros desafios. Estes relatam como é trabalhar com escala incompleta e recursos escassos. Por medo de represálias, muitos optam por não se identificar, quando revelam o drama em que se encontra a saúde pública em Itabuna. Entre os problemas existentes, a falta de profissionais para completar as equipes de hospitais e postos é um dos que afetam mais dramaticamente a qualidade do atendimento. Quem sofre mais com o problema é a população. A realidade que pode ser constatada nos postos médicos de Itabuna é revoltante. O pior é que a situação pode está menos ruim do que estar por vir. O prefeito anunciou que deverá acabar o com o funcionamento dos postos médicos no turno da noite, sob alegação de falta de demandas. Nenhum posto médico em Itabuna, estará funcionando à noite depois do primeiro dia de novembro. E isto já pode ser considerado como uma perna a menos, na caminhada para evitar a completa asfixia do setor. A situação é preocupante e se "estamos comendo vidro hoje, o caos é prever que logo, nem vidro teremos mais para comer"!
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