Prefeitura Itabuna

Câmara

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8 de outubro de 2015

QUEM MELHOR ENSINA, MAIS DEVE SER PRESTIGIADO E ASSIMILADO

Todo bom professor deve merecer distinção e estímulos 
Avaliar certamente tem a ver com aprovar ou não os educandos. Mas esse não deve ser o único motivo, talvez nem o principal. Tão ou mais importante que medir o quanto sabem nossos alunos, é tentar obter dados que permitam conferir e repensar permanentemente as abordagens educacionais adotadas. Se possível, ao se avaliar possa conhecê-los melhor e, porque os conhecendo e os reconhecendo individualmente, sejam capazes os professores de traçar percursos de aprendizagem adequados para eles. Nas abordagens mais comuns, boa parte das avaliações se dá por meio de questões ou tarefas que pretendem responder se o aluno sabe ou não sabe. Sendo assim, em geral, importa quase que exclusivamente se as repostas às questões estão certas ou erradas. Normalmente, as respostas erradas, além de indesejáveis, são, em geral, inúteis do ponto de vista das consequências futuras no próprio processo em curso. O fruto da avaliação, nesta perspectiva mais simplista, não vai além de um atestado que pretende informar se o estudante domina ou não aquele conteúdo específico. Para os professores mais comprometidos, as respostas erradas têm a mesma relevância que as certas. Se as respostas certas atestam algum domínio do conteúdo, as erradas permitem identificar eventuais lacunas, possíveis conceitos equivocados, ritmos inadequados de aprendizagem, dificuldades em interpretar texto, falta de foco e concentração, ausência de atitudes e iniciativas etc. Na verdade, não somente respostas às questões importam: elas se somam a um conjunto enorme de atos, comportamentos, velocidades, reações e capacidade de enfrentar desafios, de forma isolada ou em equipe, que, no global, evidenciam habilidades e competências muitas vezes difíceis, ou mesmo impossíveis, de serem identificadas somente via teste padrão. As provas tradicionais somente enxergam, quando bem feitas, se as informações foram ou não assimiladas. Avaliar não ficou mais simples; ficou muito mais complexo. É preciso prestigiar o professor que não somente avalia para aprovar ou reprovar, mas que vai além. Ele o faz para conhecer melhor os educandos e, ao conhecê-los, pode traçar trajetórias específicas que reflitam os caminhos mais adequados de um processo de aprendizagem que demanda ser, cada vez mais, personalizado, ainda que conjugado com grande escala. Parabéns especiais a esse professor que viabiliza quantidade e qualidade e que entende que todos aprendem, mas cada qual aprende na sua maneira única.

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