O governo não tem
interesse de educar o povo, pois a educação
Liberta e impede
reeleição de incompetentes e corruptos
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Comemora-se, hoje, no Brasil, o Dia do Professor. Embora
fundamental para a formação de cidadãos e preparação para o mercado de
trabalho, a carreira de professor é uma das menos procuradas pelos jovens
brasileiros. Salários baixos, ausência de planos de carreira, instabilidade no
emprego devido ao alto percentual de contratações temporárias e também a falta
de respeito em sala de aula são alguns dos motivos para a profissão ser uma das
menos valorizadas no país. É verdade que houve significativos avanços na
condição salarial do magistério no Brasil, principalmente com a criação do
Fundef e depois do Fundeb, além da Lei do Piso. Entretanto, o professor
brasileiro ainda recebe menos em comparação a outras profissões de nível
superior. Essa desvalorização acaba se refletindo nas salas de aula. Em muitas
escolas municipais e estaduais de Itabuna, faltam professores nas disciplinas
de matemática, física, química e inglês. E nem pormenorizaremos aqui, o drama
de Itabuna está há mais de 10 anos sem o governo construir uma só sala de aula
na cidade e seu prefeito atual, Claudevane Leite (PC do B), ter extinguido 10
escolas em apenas um dia. O perfil dos alunos que ingressam nos cursos de
formação de professores também tem mudado nos últimos anos. Hoje, o estudante
médio dos cursos voltados à carreira docente vem de classes sociais desfavorecidas,
estudou em escolas públicas, apresenta baixo desempenho em avaliações. O ciclo do desinteresse pela carreira tem
impactos imediatos sobre a qualidade da educação, especialmente na rede
pública. Com esse perfil, ao entrarem na sala de aula, professores que
enfrentam condições precárias dificilmente conseguirão atingir bons resultados
com seus alunos. Especialistas dizem que, para mudar esse cenário, a profissão
precisa passar por um processo de valorização, começando com a criação de um
plano de carreira nacional que estimule o aperfeiçoamento dos profissionais e
valorize seu tempo de trabalho e também o serviço realizado na escola. Outras
medidas apontadas são um maior reajuste dos salários, a diminuição das
contratações temporárias e o incentivo a uma formação continuada. Ou seja, a
pátria educadora do slogan oficial ainda está bem distante de se tornar uma
realidade.
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