Prefeitura Itabuna

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11 de outubro de 2015

O ESTADO ABANDONOU A SEGURANÇA EM ITABUNA

Nadson, 14 anos, pouco antes de ser assassinado por PM em Itabuna
O preocupante aumento no número de mortes de itabunenses provocadas por armas de fogo, particularmente entre jovens e, entre esses, os negros e da periferia, chama a atenção para a necessidade de o governo do Estado optar por ações que possam atenuar esse quadro dramático no município de Itabuna. É do conhecimento das autoridades, que a causa da maioria dos homicídios, está no trafico de drogas. Por isso, deveriam inspirar um debate objetivo sobre os riscos letais da associação entre a facilidade para a circulação e comercilização de drogas e a cultura da violência, e sobre a urgência na implementação de providências para reduzir a vulnerabilidade nas faixas de maior mortandade. A particularidade de as campanhas de desarmamento no Brasil enfrentarem sempre dificuldades para o cumprimento de metas ajuda a explicar o fato de o país contar com um arsenal tão expressivo, a maior parte do qual em mãos indevidas e este fato afeta duramente Itabuna. E é preocupante que, mesmo tendo contribuído para preservar milhares de vidas desde sua implantação, em 2003, o Estatuto do Desarmamento enfrente pressões destinadas a tornar suas normas mais brandas. Há bairros onde é comun se deparar com jovens portando armas e amedrontando a comunidade. O que se percebe claramente em Itabuna, é que, na impossibilidade de reduzir o número de armas de fogo em circulação, o Estado precisa pelo menos acelerar políticas públicas com potencial para refrear a matança. No caso específico dos jovens, é preciso que as iniciativas incluam proteção, orientação familiar, educação, lazer e oportunidades no mercado de trabalho.

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