Como seria bom se
as crianças abandonadas recebessem
a mesma atenção
que os animais de estimação.
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Nesta
segunda-feira, o Brasil, além de homenagear sua padroeira, Nossa Senhora
Aparecida, celebra o Dia da Criança, diferentemente de outros países, que tem
essa comemoração em data diferente. O caráter comercial imprimido à data foi
sendo paulatinamente questionado. Hoje, o Dia da Criança é visto não apenas
como um momento de festa e presentes, mas também como uma oportunidade de
refletir sobre a situação das crianças no Brasil em relação a seus direitos
fundamentais. As políticas públicas e as leis brasileiras asseguram uma série
de direitos para as crianças. No entanto, na prática, muitos não chegam ser
efetivados. Como mostram diversos indicadores sociodemográficos, a violação
desses direitos atinge particularmente as crianças pobres, negras e pardas. De
acordo com o Unicef, as crianças pobres no Brasil. têm mais do que o dobro de
chance de morrer, em comparação às ricas, e as negras, 50% a mais em relação às brancas. Mais de
60 mil crianças brasileiras com menos de 1 ano são consideradas desnutridas,
embora esse número já seja reflexo de uma diminuição de mais de
60% havida nos últimos anos. A questão escolar também retrata um quadro grave.
O Brasil possui mais de 535 mil crianças fora da escola.
Desse total, mais de 60% são de crianças negras. Apenas
40% das crianças conseguem terminar o ensino fundamental. É uma realidade que
ameaça o futuro do
País. Ou o Brasil prioriza efetivamente a infância e a juventude, ou continuará
a não alcançar a educação de qualidade, a cultura para todos, o desenvolvimento
integrado de tecnologia, a diminuição das injustiças sociais e o respeito à
cidadania. Estará sempre condenado a ser o País de um futuro que nunca chega.
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