É estranho não nos acostumarmos com a morte no ciclo da vida |
A morte está presente na vida de todos
nós, para alguns mais cedo, para outros, de modo mais trágico, e para os
privilegiados, de forma a corresponder com os grandes ciclos naturais da vida.
Embora parte da vida, a morte é vista por nós como algo a ser evitado,
postergado, como se morrer fosse adversário do processo de viver. Alguns morrem
em momentos onde mais a vida está em festa. E foi no meio de uma festa, que
perdemos o simpático e solícito, Haroldo Wenceslau Vieira Fonseca, 48 anos,
ex-presidente do PMN e funcionário Público Municipal. Ele sentiu-se mal, na
cidade de Vitória da Conquista, em frente ao palco principal do Festival de
Inverno, desmaiou, foi socorrido por médicos no próprio Parque de Exposições,
mas a morte já havia decidido, que seu último momento havia chegado. E perdemos
Haroldo, acometido de um infarto fulminante. Perdemos um grande amigo, um bom
cidadão, que contava com o respeito e a admiração de todos. Mas jamais
haveremos de perder seu legado de dignidade e exemplo de boa amizade. A
aceitação da perda de um grande amigo é o processo que nos torna capazes de
ver, tocar, falar sobre a morte e ao mesmo tempo, deixá-la ir para onde tiver
que ir, longe de nossos domínios, de nosso controle racional. Deixar ir não
significa esquecer, tampouco não sofrer nunca mais. Deixar ir é fazer as pazes
com o tempo, com novas chances para quem ficou, com a única certeza de que
absolutamente tudo muda e que é preciso se transformar junto com a vida e com a
morte. Lamentamos profundamente o ocorrido, mas Deus proverá o que lhe couber
de melhor no Reino dos Céus e este fato por si só, já nos resigna. Manifestamos
aqui, nossas homenagens póstumas ao grande Haroldo e redemos nossos pêsames a família
enlutada.
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