Prefeitura Itabuna

Câmara

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21 de setembro de 2015

É NECESSÁRIO QUE SE SAIBA MAIS SOBRE OS CANDIDATOS

NEM TODOS POLÍTICOS SÃO O QUE DIZEM SER; SÓ 01%
Os candidatos à prefeito de Itabuna vão participar de uma verdadeira maratona de entrevistas, debates e sabatinas até o dia que precede o início da propaganda eleitoral gratuita em rádio e televisão. O Jornal Agora já deu início a estas entrevistas e o disponibiliza para todos os concorrentes. Já entrevistou até quem todo mundo sabe que só se diz candidato, para voltar a ocupar cargo de primeiro escalão em qualquer governo de prefeito eleito em 2016. É o caso do picareta do “engenheiro de uma obra só”, Alfredo Melo, que nem no Partido verde terá votos para registrar sua suposta candidatura. Questionados por jornalistas e representantes de entidades classistas, eles vêm recebendo sucessivas oportunidades de expor ao eleitorado seus programas de governo e suas ideias de administração pública, invariavelmente sob o olhar e a crítica dos demais candidatos. Apesar da rigidez das regras estabelecidas e do tempo restrito em programas de rádio, televisão, jornais e blogs, trata-se de uma forma transparente e democrática de avaliação de visões políticas. Ainda assim, fica uma dúvida: será que o eleitor está aproveitando esses momentos de transparência e democracia para colher informações que lhes permita fazer uma boa escolha na hora de eleger seus governantes e representantes legislativos? As pesquisas eleitorais já realizadas em Itabuna, têm demonstrado que uma parcela expressiva do eleitorado simplesmente desconhece os pretendentes a cargos públicos na cidade, ou simplesmente ainda os ignora. Esse é um comportamento social que precisa ser modificado. Na sociedade do conhecimento e da comunicação instantânea, já não se justificam mais a alienação e a rejeição à política. Só teremos prefeito e vereadores dignos quando os cidadãos se interessarem pelo processo eleitoral e fiscalizarem com rigor tanto os candidatos que se oferecem ao pleito quanto os eleitos. A atual legislação, infelizmente, não favorece o interesse dos eleitores pela campanha. Ao permitir coligações partidárias destituídas de identidade programática e voltadas apenas para o aproveitamento do tempo de tevê, acaba impondo aos eleitores uma programação comprometida apenas com a propaganda, cara e desvinculada da realidade. Ao mesmo tempo, restringe o trabalho jornalístico da mídia eletrônica. Por isso, o eleitor itabunense precisa fazer uso dos recursos que a tecnologia oferece para buscar informações independentes e para questionar seus representantes políticos pelos meios que estiverem ao seu alcance. Mesmo com propaganda suspeita e espaços jornalísticos cerceados, a democracia proporciona outras formas de acesso à informação e outros instrumentos para que o cidadão se transforme em protagonista efetivo do processo eleitoral.

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