O que não falta é falso profeta na política, igrejas e nos governos |
O combate à corrupção tem sido discutido desde as
conversas mais informais até a produção de planos com metas e sugestões para
alcançar a tão sonhada sociedade limpa. Se, por um lado, o pedido por
honestidade toma as ruas desde a pressão pela aprovação da Lei da Ficha Limpa,
e, mais intensamente, a partir dos protestos de junho de 2013 e 2015, por
outro, cidadãos ainda encontram dificuldade de vencer seus próprios vícios. É
raro verificar alguém que nunca tenha cometido pequenos desvios de conduta no
cotidiano. Como por exemplo, furar fila, ou comprar produtos falsificados. Ou
ainda, quem nunca assinou o nome do coleguinha na lista de chamada da escola ou
da faculdade? Ou ainda, não aceitou uma ficha médica preterida de alguém que
estava na fila do posto médico e estacionar em local proibido. Todas as ações
são tidas como corruptas, sabia? Esses comportamentos não deslegitimam o grito
contra a corrupção e estão longe de ser a origem dos roubos aos cofres do
governo, mas também atropelam o interesse público e mostram que o problema vai
muito além dos três poderes. Por isso, não existe corrupção pequena ou grande.
Corrupção é corrupção. Apesar disso, a pequena corrupção não é a causa da
grande corrupção. Mas, de pouco em pouco, pequenos desvios de conduta podem
representar prejuízos robustos. Os “gatos” na rede elétrica, causam prejuízos
ao sistema e ao contribuinte, claro. Alguns estudiosos destacam que a corrupção
não se trata de um mal exclusivo do Brasil, mas vício que ocorre em todos
países, democráticos ou não. Por aqui, o jeitinho brasileiro, ainda resolve
muitos problemas. Quando não, a célebre frase “sabe com quem está falando?”, se
torna meio de enfrentar essas contradições e paradoxos de modo tipicamente
brasileiro.
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