Lula é forte suspeito de ter institucionalizado a corrupção no país |
Dilma Rousseff, presidente da
República, Renan Calheiros, presidente do Senado Federal e do Congresso
Nacional e Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, andam jurando,
por todas as juras, que desta vez a reforma política partidária será feita. Não
pelas promessas destas expressivas figuras, até porque, a cada eleição, desde a
nossa redemocratização, todos aqueles que ocuparam as mesmíssimas funções
fizeram as mesmíssimas juras. O que nos leva a crer que desta vez a reforma
será feita, tem tudo a ver com o tamanho da crise, diga-se de passagem, a mais
grave de nossa história republicana, enfim, nunca a nossa classe política
esteve tão desacreditada e a nossa economia, viveu dias tão piores. Enfim, não
há mais tempo para prorrogá-la. Com 32 partidos políticos legalmente
instituídos e um monte de outros só aguardando a vez para entrar no rendoso
mercado partidário/eleitoral, não apenas a nossa, mas nenhuma outra democracia
poderá ser conduzida com a necessária seriedade. Ora, se o nosso Congresso
Nacional é constituído por representes de 28 agremiações partidárias, e o presidente
da República, hoje Dilma Rousseff, e ainda que fosse Aécio Neves, para compor
sua maioria congressual, só conseguirá compô-la trocando apoio parlamentar por
ministérios e/ou presidências de estatais. Desta aberração surgiram o mensalão
e o petrolão. Portanto, em se mantendo as mesmas causas, por certo, novos
escândalos surgirão. A nossa estrutura partidária tornou o Brasil ingovernável,
e quanto mais demorar a ser feita a reforma partidária, maior será o
aprofundamento da crise na qual estamos metidos, sobretudo porque,
cumulativamente, além da crise de natureza político-partidária, não menos grave
vem ser a crise econômica que já estamos condenados a enfrentar. Entretanto,
para que seja feita e comece a produzir os resultados esperados, os debates sobre
a reforma político-partidária não podem dar prioridade às questões altamente
polêmicas como vem ser a instituição do voto em lista e do financiamento
público das campanhas eleitorais, até porque, questões desta ordem só se
prestarão para inviabilizá-la. Já ficaria de bom tamanho se acabássemos com as
coligações partidárias nas eleições proporcionais, se fossem instituídas a
cláusula de barreira e a fidelidade partidária. Com a aprovação destes três
itens, aí sim, se estabeleceriam as condições que favoreceriam a discussão e a
consequente aprovação das demais questões que se fizerem necessária ao
aprimoramento do nosso sistema político-partidário. Se o nosso atual sistema
político/partidário propicia a corrupção, é necessário urgentemente reformá-lo
a fim de acabar com a ocasião que tem feito tantos ladrões.
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