Prefeitura Itabuna

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30 de agosto de 2015

OS PRIMEIROS ERROS DE CAMPANHA DE MANGABEIRA

Mangabeira desafiará o imponderável, para ser prefeito de Itabuna
Não há um só político que não tenha cometido grandes, médios e pequenos erros em sua trajetória de busca ao poder. A perfeição é subjetiva e intrínseca ao indivíduo, mesmo que perfeccionista e extremamente atento aos acontecimentos e autocrítica. Grandes erros não evitaram Fernando Gomes, Geraldo S. de Oliveira, Capitão Azevedo e Claudevane Leite, de chegarem ao cargo de prefeito de Itabuna. Sobre alguns deles pesam indícios, provas, suspeitas e/ou graves acusações de fraudes, corrupção, formação de quadrilha e até assassinatos. Nenhum deles tem autoridade moral, para se afirmar detentor de conduta ilibada. Portanto, está comprovado que nenhum erro impede que alguém atinja seus propósitos de se eleger prefeito na maior cidade do sul da Bahia. Embora jamais alguém tenha sido reeleito. Mas já houve quem só tivesse cometido pequenos erros e jamais se elegeu, ou voltou a se eleger prefeito. Ubaldo Dantas e Oduque Teixeira foram quase impecáveis, mas tentaram e não conseguiram voltar a chefiar a prefeitura. Dr. Renato Costa e Fernando Vita, também souberam se comportar bem e isso não foi suficiente para agradar a maioria do eleitorado itabunense. Entretanto, o que desejo aqui, é falar sobre os erros do pré-prefeiturável Antonio Mangabeira. Seu primeiro grande erro, está no tempo e no espaço. O período é inoportuno, pois se prever como favas contadas uma polarização da campanha, envolvendo os deputados Augusto Castro (tucano estadual) e Davidson Magalhães (cururu federal). E o palco para sua primeira investida eleitoral, não deveria abranger apenas os limites das fronteiras itabunenses e se aquecer numa disputado estadual, ou federal, para fazer, inicialmente, um reconhecimento do campo onde o jogo acontece. E para uma competição tranquila, não basta apenas focar as atenções nos jogadores. O bom craque necessita de um bom treinador (Mangabeira ainda não tem um coordenador de campanha). Este deve agregar experiências de preparador físico (Mangabeira ainda não tem um agente de mobilização), pois todo candidato terá que estar bem condicionado para queimar gorduras nas subidas e decidas dos morros (Mangabeira ainda não tem um assessor comunitário); deve ter conhecimento pleno de economia e capacidade de captação de recursos, pois todo jogo requer investimentos financeiros (Mangabeira ainda não tem uma Comissão de Finanças), onde ativos e passivos são inerentes ao fôlego que manterá o jogador vigoroso até o término do jogo (Mangabeira ainda não possui um organograma mínimo de investimentos); deve ser excelente psicólogo, para manter a autoestima, ânimo e firmeza de propósito do competidor, além de conter sua impetuosidade e descontrole emocional, diante dos muitos “espíritos de porcos”, que atuarão através de investidas levianas, insanas e inconsequentes (Mangabeira ainda não tem assessores para treiná-lo no traquejo contra as adversidades); deve estar escalado num bom time, pois não adianta ser um Neymar, ou Messi e atuar como zagueiro no escrete do Itabuna, disputando não ser rebaixado para a terceira divisão do Baianão (Mangabeira está filiado ao PDT, com limitado tempo de Rádio e Tv); deve ter uma grande torcida, pois nenhum time joga melhor sem apoio de gritos de incentivos e afagos da plateia (Mangabeira ainda não conta com bons percentuais de opinião pública); deve controlar melhor a veemência no que fala e evitar falar sem coerência, pois não é pertinente que se queira ser eleito satanizando grupos comunitários e a maioria dos políticos (Mangabeira jamais será eleito sem contar com estes); deve fazer de si mesmo o melhor marketing na busca do voto e para tanto, é necessário se cercar de bons profissionais de imprensa e estar sempre expondo suas ideias e compromissos em rádio, tv, blogs e jornais... por fim, não devem ser os erros elencados acima, que impedirão o simpático, intrépido, inteligente e bem intencionado médico, Antonio Mangabeira, reverter todos os prognósticos de insucesso a que está submetido. Isto ocorrerá se ele não compreender que talvez eu esteja correto nestas minhas avaliações. O placar do jogo desfavorece Mangabeira neste presente momento. Todavia, quero numa ação motivacional, relembrar-lhe que no ano de dois mil, Geraldo ganhou uma eleição, contra todas as opiniões e pesquisas contrárias. E que neste mesmo ano, o time do Vasco, tomou três gols em nove minutos do time do Palmeiras. Final de primeiro tempo. Desolação carioca. Gritos de “é campeão!” vindos das arquibancadas alviverdes paulistas. A noite do dia 20 de dezembro de 2000 era toda pura e prosa do Palmeiras, que atropelava o Vasco de Romário, com acapachantes 3 a 0 em plena final de Copa Mercosul (espécie de Copa Sul-Americana da época). Os quase 30 mil torcedores palmeirenses se deliciavam com um segundo tempo inteiro pela frente e a certeza absoluta de ter apenas o trabalho de gritar “olé” a cada troca de passes de seu time e esperar o árbitro apitar o final do jogo para celebrar mais uma conquista daquele Palmeiras que não se cansava de ganhar. Porém, ninguém deu bola para o imponderável, para o Clube de Regatas Vasco da Gama e para um dos maiores centroavantes da história do futebol mundial (ou seria o maior?). O segundo tempo começou e Romário fez um. Fez dois. Juninho Paulista marcou o gol de empate. Detalhe: o Vasco já tinha um jogador a menos – Júnior Baiano foi expulso. Nos acréscimos, eis que a bola sobra na área, limpinha, pronta para um leve toque do atacante que sempre a tratou tão bem: Romário. Palmeiras 3×4 Vasco. Em apenas um tempo, o Palmeiras havia feito três gols. Em apenas outro tempo, o Vasco acabava de fazer quatro. E de ganhar uma improvável, incrível e inédita Copa Mercosul. Ninguém acreditava. Ninguém piscava os olhos. Ninguém jamais se esqueceria de tudo aquilo. No Rio de Janeiro, uma apoteose vascaína tomou conta da cidade, bem como do gramado do Palestra Itália, que foi palco de uma das viradas mais eletrizantes e incríveis da história do futebol brasileiro. Nunca mais um time gritou “é campeão!” antes de acabar o primeiro tempo. E nunca mais o vascaíno tirou da memória aquela partida, tida como uma das mais fantásticas já realizadas pelo clube em todos os tempos. É hora de relembrar. É hora de Mangabeira se reverter de Vasco e virar o jogo!

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