Bandidos do colarinho branco nunca ficam muito tempo presos |
A Justiça do Distrito Federal
autorizou o ex-deputado federal Natan Donadon a progredir para o regime de
prisão semiaberto. Em 2013, Donadon foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal
(STF) a 13 anos em regime fechado pelos
crimes de peculato e formação de quadrilha. A decisão foi proferida na semana
passada. De acordo com a Agência Brasil, no despacho, a juíza Leila Cury, da
Vara de Execuções Penais (VEP), também concedeu autorização para trabalho
externo em uma empresa particular ou por meio da Fundação de Amparo do
Trabalhador Preso (Funap). O ex-deputado
cumpre pena no presídio da Papuda, no Distrito Federal. Ao conceder os
benefícios, a juíza levou em conta o Artigo 112 da Lei de Execução Penal (LEP),
que garante ao detento a progressão de regime após o cumprimento de um sexto da
pena no regime anterior, sem registro de mau comportamento nas dependências do
presídio. Em 2010, Donadon foi condenado por desviar, entre 1995 e 1998, mais
de R$ 8 milhões da Assembleia Legislativa do Rondônia. Nesse período, ocupava o
cargo de assessor financeiro. Ele renunciou ao mandato em 2010, para tentar
escapar do julgamento no STF, mas os ministros entenderam que a renúncia foi
uma manobra e o processo continuou. Após a condenação, os advogados entraram
com pedido de revisão criminal do Supremo, mas o pedido foi rejeitado pelo
ministro Teori Zavascki. Entre os argumentos apresentados, a defesa alegou que
Donadon não poderia ter sido condenado pela Corte, pois havia renunciado ao
mandato de deputado federal e não tinha foro privilegiado quando foi
condenado. Segundo os advogados, na
Justiça de primeira instância, as penas de outros envolvidos nos desvios foram
mais brandas.
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