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21 de julho de 2015

ANTONIO MANGABEIRA SOB O PENSAMENTO DE BERTOLD BRECHT

Mangabeira terá o eleitor pelego e ignorante como maior adversário
O poeta e dramaturgo alemão, Bertold Brecht, nos brindou com textos que buscavam reforçar a conscientização política e em seu poema, "Analfabeto político", que sustenta a tese de que o cidadão que se aliena das discussões políticas é o maior responsável pela vitória dos corruptos e dos maus políticos. E faço uso do pensamento do Bertold Brecht, para destacar os pontos positivos e negativos, que enxergo na pretensão do médico Antonio Mangabeira, se candidatar para prefeito de Itabuna. Embora não seja seu eleitor, vejo nele um nome digno, ético, honesto, sério, confiável e qualificado para corresponder às expectativas de bem administrar a prefeitura da maior cidade sulbaiana. Mangabeira é do bem e vencedor no que comanda. É como se ele fosse clone de um outro médico, a quem refuto reputação similar: Dr. Renato Costa. Tanto quanto este, Mangabeira não é problema na político. O problema não está em Antonio Mangabeira. Assim como nunca esteve em Renato Costa. O problema está em quem ambos devem se sustentar, para conquistar o cargo eletivo de maior autoridade do município. E é aí onde a "porca torce o rabo", a "cobra fuma" e a "jiripoca pia"! O entrave é o eleitor que não compreende seu papel no processo democrático e de escolha de quem o liderará. O "calo no pé" de Mangabeira, está em quem ele vai precisar, para ter êxito em 2016: o eleitor, cuja maioria é venal, despretenciosa, ignorante, estúpida, imediatista e acéfala. O analfabetismo político representa uma estagnação social, uma zona de conforto cega, desprovida de consciência política, evidenciada pelo conhecido discurso pronunciado pelos equivocados do tipo: "odeio política", "política não se discute" e materializada em atitudes como desligar o rádio na "Hora do Brasil" ou o televisor durante o horário da propaganda eleitoral obrigatória. Atitudes insanas, comportamento sombrio derivado da lavagem cerebral a que somos submetidos desde o nascimento até os últimos dias da existência física (Freud). Somos vítimas da cultura do "deixa pra lá", "está bom assim", "depois melhora". Aprendemos desde cedo que mais vale assistir um programa televisivo improdutivo, que não acarretará nada além de algumas risadas, ou algum programa de esporte violento, do que ler aquela matéria no jornal de hoje que trata da crise política do país ou do mundo, ou assistir aquela entrevista com aquele candidato à prefeitura, pois rotulamos tal comportamento como uma atitude que aporrinha as nossas vidas, esquecendo-nos que o que causa, efetivamente e verdadeiramente, o mal estar social e cultural, é exatamente o desinteresse pelo que acontece no mundo político. Não há como evitar a política quando se vive em sociedade. Afinal de contas, conforme assentado por Aristóteles (Política): "A natureza do indivíduo humano só é realizável pela comunidade social e política. O indivíduo isolado torna-se insociável e apolítico, comportando-se ‘como um deus ou uma besta’". Deste modo, o ser apolítico, que Mangabeira dependerá, é aquele que repudia a política e não dá a mínima para o que acontece no cenário sociopolítico do país, da Bahia ou mesmo do município de Itabuna. Ele estará a mercêr do não-cidadão, do nada social; do instrumento fácil de ser moldado de acordo com os padrões e dinâmicas políticas impostas; do servo dos protagonistas políticos de sempre; do indivíduo sem desejo, sem opinião, sem direitos. Em que pese o fator estimulante para o desinteresse social pela política ser a corrupção e o descaso do poder político, gerando insatisfação e rebeldia, a reação reivindicatória do cidadão diante de tais circunstâncias deveria ser o oposto da realidade evidenciada na maioria, isto é, deixar de acompanhar, ler, interagir no debate político, não ajuda a mudar a situação de uma nação em termos políticos, mas sim, ajuda somente a afundar e desequilibrar a estrutura democrática social em termos de direitos e deveres políticos. Em contrapartida, a candidatura de Antonio Mangabeira, surge para despertar e instigar o interesse pela política de modo sério e contundente, levantando a crítica raciocinada frente aos debates, notícias e propagandas políticas, proporcionando ao cidadão itabunense maiores subsídios para, efetivamente, modificar a realidade sociopolítica contemporânea. Candidaturas como as do médico Mangabeira, servem para mostrar que o analfabeto político não deve se orgulhar e estufar o peito dizendo que odeia a política, e sim sentir vergonha da sua ignorância política, ignorância na qual nasce a prostituta, o menor abandonado, a violência banalizada e o pior de todos os bandidos: o político vigarista, o pilantra, o corrupto, e lacaio (Bertolt Brecht) dos exploradores do povo.

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