É a educação que cria condições de desenvolvimento e humanismo |
Estudo
elaborado pela consultoria Gems Education Solutions, usando dados dos mais de
30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, mostra
que o Brasil é o lanterninha em um ranking que compara a eficiência dos
sistemas educacionais de vários países, levando em conta parâmetros como os
salários dos professores, as condições de trabalho na escola e o desempenho
escolar dos alunos. Nesse
ranking, o País aparece como um dos últimos em termos de salário pago aos
professores. O valor que os educadores brasileiros recebem (US$ 14,8 mil por ano,
calculado por uma média de 15 anos e usando o critério de paridade de poder de
compra) fica imediatamente abaixo do valor pago na Turquia e no Chile, e acima
apenas de Hungria e Indonésia. Os salários mais altos são na Suíça (US$ 68,8
mil) e na Holanda (US$ 57,8 mil). Os professores brasileiros também são
responsáveis por mais estudantes na sala de aula: 32 alunos, em média, para
cada orientador, comparado com 27 no segundo lugar, o Chile, e menos de 8 em
Portugal. A remuneração média dos professores brasileiros é equivalente a 51% do
valor médio obtido pelos demais profissionais com nível superior completo. Há
alguns anos, esse porcentual era de 44%, ou seja, houve uma melhora, ainda que
insuficiente. O piso salarial dos
professores – valor mínimo a ser pago aos professores com formação de nível
médio, com jornada de 40 horas semanais – , instituído em 2008, foi uma
conquista importante da educação brasileira. A remuneração subiu de R$ 950, em
2009, para R$ 1.697 em 2014. O problema é que muitos estados e municípios
alegam dificuldades para cumpri-lo. A valorização do educador é vista
pelos especialistas como fundamental para que os estudantes recém-saídos do
colégio passem a enxergar a carreira docente como uma opção profissional
viável. Nas condições atuais, entretanto, são poucos os jovens que têm como
sonho trilhar o caminho da sala de aula. Só é possível ter Educação de
qualidade com bons professores e,
para isso, é preciso atrair para a carreira do magistério os melhores alunos
egressos do Ensino Médio. O magistério precisa ter atratividade suficiente,
pois concorre com outras carreiras mais rentáveis ou de mais prestígio. Por
Clodoaldo Borges de Lima.
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