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8 de março de 2015

VANE, A ROSA E SEUS ESPINHOS

Vane permanece plantando alhos e colhendo bugalhos
Há uma história que diz que um certo homem plantou uma rosa e passou a regá-la constantemente e, antes que ela desabrochasse, ele a examinou. Ele viu o botão que em breve desabrocharia, mas notou espinhos sobre o talo e pensou: Como pode uma bela flor vir de uma planta rodeada de espinhos tão afiados? Entristecido por este pensamento, ele se recusou a regar a rosa e, antes que estivesse pronta para desabrochar, ela morreu. Assim são algumas pessoas. Dentro de cada alma há uma rosa: as qualidades do aprendizado da vida e as rosas plantadas em nós vão crescendo em meio aos espinhos de nossas faltas. Um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas. Vane recebeu um jardim repleto de rosas. Nem todas eram espinhosas e algumas necessitavam apenas de manejo e atenção apropriada. No começo Vane cultivou as rosas apenas com olhos vedados aos espinhos e não os viu degenerando todo o jardim. Vane não regava seu plantio. E o que ele imaginara ser somente rosas belas, eram também hospedeiras dos espinhos que lhe fariam sangrar em seus devaneios e cegueira. Vane não soube cuidar do jardim e as rosas se despetalaram ao romper da aurora. O jardim sucumbiu à força do desdém, da omissão, da hesitação e não há mais rosas no caminho de Vane. Só espinhos!

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