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9 de março de 2015

DILMA PERDEU ONTEM, UMA EXCELENTE OPORTUNIDADE DE FICAR CALADA

Dilma está com filme queimado e mal na foto!
A inabilidade e descolamento da realidade da presidente Dilma alcançou um novo patamar neste domingo. Ao fazer um pronunciamento em cadeia de televisão, rompendo meses de silêncio, conseguiu falar não só tarde demais como errado demais, tanto no texto quanto no tom. Melhor teria sido continuar quieta. Seu jeito é o habitual deslocado e esquisito, que passa por ventriloquismo, falsidade. Subitamente, depois da campanha eleitoral que era só otimismo, agora Dilma “descobriu” que são necessárias medidas econômicas mais duras, pediu confiança e disse que as dificuldades serão repartidas com justiça. Esse sim seria um ótimo discurso de campanha (fora o fato de que garantiria sua derrota). Não caberia de jeito nenhum o tom genérico que adotou no pronunciamento, como se o Brasil não estivesse vindo abaixo. Ela conseguiu fazer colar em si mesma a pecha de que é o problema, de que tem a ver com “tudo de ruim que está aí”. As escolhas de campanha chantagistas, oportunistas e mentirosas de Dilma e Lula estão cobrando muito cedo seu custo. Resultado: um panelaço espontâneo durante o próprio pronunciamento, em mais de dez capitais e no distrito federal, cujo alcance ainda está sendo medido. É um hábito da esquerda ortodoxa desqualificar as manifestações que ela mesma não controla: no caso, seriam manifestações das “elites”. Foi Dilma que escolheu o dia da Mulher para uma fala inadequada, indigna de uma presidente em exercício. Ela errou em reclamar contra madames com panelas no dia da Mulher. Dilma achou que a (boa) notícia da lei do feminicídio ia sustentar todo o resto – sendo que todo o resto é só o país em plena crise econômica e política. Não sustentou. Agora não resolve nada jogar a culpa toda no “ódio da direita coxinha” e na elite. Sem dois dedos de autocrítica, a casa vai cair. Provavelmente nem há mais tempo para autocrítica. Dilma, neste domingo, fez o que Fernando Collor fez em 1992, quando pediu para saírem à rua em defesa dele, vestidos nas cores nacionais e usando fitas verdes e amarelas. Conseguiu inverter a tal chavinha: transformar todo o entusiasmo que tinha carreado na campanha eleitoral em repulsa.

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