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30 de março de 2015

ESTAMOS CORRENDO RISCO DE PERDERMOS NOSSA GALINHA DOS OVOS DE OURO

Nunca se roubou tanto o erário, quanto nos tempos atuais
Não faz muito tempo, os parlamentares brasileiros decidiram que a renda do petróleo do pré-sal deve destinar-se 75% para a educação e 25% para a saúde. Seriam bilhões por ano. A redenção. O que ninguém imaginava é que na calada da noite uma quadrilha de petistas e seus lacaios larápios, de plantão na Petrobras, resolveu repartir entre si 3% do valor dos contratos entre a Mãe Petrobras e seus fornecedores reunidos em cartel. Bilhões por ano. Uma armação inacreditável. Desde a descoberta do pré-sal em 2006, a Petrobras fez encomendas de equipamentos e serviços no valor de R$ 220 bilhões, pondo-se a produzir em passo acelerado. No final do ano passado, a produção do pré-sal chegou a 700 mil barris/dia, ou quase 40% do total nacional, um sucesso que representa a conquista final da autossuficiência. E o que aconteceu? Enquanto era descoberto, investigado e denunciado pelo Ministério Público Federal o esquema de corrupção nas encomendas e contratos da Petrobras, o preço do petróleo no mercado internacional caía pela metade, colocando duplamente em risco a rentabilidade da galinha dos ovos de ouro do pré-sal.  Resultado? Está todo mundo perplexo. Ninguém esperava nem suspeitava que diretores da Petrobras, naturalmente muito bem remunerados, com salários anuais entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão, se dedicassem a manipular encomendas de equipamentos e contratos de serviços para tirar uma casquinha, em conluio com empreiteiras e cumplicidade com petistas e seus comparsas. Um agravante lamentável dessa história é que, até 2010, quem presidia o conselho de administração da Petrobras era Dilma Rousseff, então chefe da Casa Civil e posteriormente eleita, duas vezes, para a presidência da República. Podemos pensar que tudo isso configura uma brincadeira dos deuses que pode vir a favorecer os antigos conglomerados internacionais do petróleo que circulam feito tubarões pelas águas de todos os oceanos. O pré-sal brasileiro é a bola da vez para a indústria petrolífera nos EUA. Pois a verdade é que o petróleo, 160 anos depois de ser descoberto em solo norte-americano, ainda é o principal combustível do mundo. Têm razão os nacionalistas brasileiros ao presenciar o enfraquecimento da Petrobras, o esvaziamento das empreiteiras e a desmoralização dos políticos, como se a ética tivesse sido varrida do território nacional. Aparentemente, tudo conspira para que a galinha dos ovos de sal escape do controle dos brasileiros.

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