Existem tragédias que são insuportáveis |
Uma criança de 11 meses morreu
após ser atropelada pelo próprio pai na tarde de sábado (28), em Praia Grande,
no litoral de São Paulo. De acordo com informações da Polícia Civil, o
comerciante Jhoney da Silva Lima, 32 anos, entrava na garagem de seu
estabelecimento e não percebeu quando a filha engatinhou para a frente do
carro. A mãe da menina, que não teve o nome divulgado, abria o portão e também
não viu a movimentação da filha. De acordo com o Boletim de Ocorrência
registrado, o caso aconteceu por volta das 13h. Ainda segundo a polícia, a
criança chegou a ser socorrida com vida, levada para a Unidade de Pronto
Atendimento (UPA) e, em seguida, para um hospital da cidade. A menina,
entretanto, não resistiu aos ferimentos e morreu por volta das das 18h. Segundo
o delegado Alexandre Comin, o pai deve ser indiciado por homicídio culposo,
quando não há intenção de matar. O delegado explica que, neste caso, caberia o
flagrante, mas o Código de Trânsito Brasileiro estabelece que quando a vítima é
socorrida pelo motorista, o flagrante cai. "Será instaurado um inquérito,
os pais da criança vão ser chamados para depor posteriormente, mas, neste caso,
caberá o perdão judicial", disse Comin ao site G1. DESESPERO - De acordo
com informações da polícia, testemunhas afirmam ter ouvido gritos após o
atropelamento da menina na tarde de sábado (28). Segundo vizinhos do comércio,
o bairro está de luto. Nenhum dos moradores ouvidos pelo site G1 acompanhou o
momento exato do acidente, mas diversos afirmam que ouviram os gritos e pedidos
de socorro dos pais. "Saí para a rua para tentar saber o que aconteceu. Só
pude ver a criança sendo carregada pela mãe e o pai procurando por ajuda. Eles
correram para um hospital, e o pai procurava desesperado alguém para tomar
conta do comércio", disse a dona de casa Rose Silva Brandão ao G1. Os
moradores contaram ainda que a relação da família, que possui outras duas
filhas, era ótima. O casal planejava comemorar o aniversário da bebê, que seria
no próximo dia 15 de abril. "Por causa do comércio, todos tinham um certo
contato com a família. Há alguns meses, eles disseram que já estavam arrumando
a festa para a criança. Foi muito triste. Estamos todos chocados", disse a
vizinha. (G1).
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