ITABUNA E JEQUIÉ COM JUSTIÇAS DIFERENTES

Só a Justiça não enxerga a esculhambação com o erário

Enquanto os Ministérios Públicos Estadual (MPE) e Federal (MPF) recomendaram à prefeitura de Jequié, que concluam urgentemente as obras de construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município, seus similares em Itabuna parecem desconhecer o despautério e prejuízo de obras públicas paralisadas na cidade. Não há nenhum promotor com olhos abertos, que tenha enxergado a esculhambação que é o abandono das obras do Centro de Convenções e do Teatro e paralisação da reforma do centro Cultural Adonias Filho. Em Jequié, a prefeitura teria recebido da União, por meio do Ministério da Saúde, os recursos integrais para construção de uma UPA de porte I. As obras começaram em setembro de 2011 e ainda não foram concluídas – apesar de o contrato com a Ancale estipular a entrega da obra para novembro de 2013. Além disso, até o final de 2014 o município não só não teria aplicado quaisquer das sanções legais possíveis e nem rescindido o acordo com a empresa como teria celebrado termos aditivos ao contrato sem qualquer justificativa razoável, denotando inexplicável benevolência com a empresa e descaso com a população. A prefeitura de jequié recebeu cerca de R$ 600 mil da União exclusivamente para aquisição de equipamentos e estruturação da unidade de saúde que deveria estar pronta. Todo este despautério ocorre em Itabuna, onde uma UPA já deveria estar funcionando há três anos no bairro Jaçanã e onde apenas a Justiça não enxerga a esculhambação que tem sido o abandono de obras importantes como o Centro de Cultura Adonias Filho, o Centro de Convenções e Teatro e barragem do rio Colônia, anexo do presídio.