O pré-candidato do PSB à
Presidência da República, Eduardo Campos, disse na tarde desta quarta-feira em
João Pessoa que a presidente Dilma Rousseff entregou o centro do governo às
forças políticas mais atrasadas que existem no País e que sempre foram
combatidas pelo PT. Em entrevista à rádio Correio da Paraíba FM, Campos citou
como forças políticas do atraso os senadores José Sarney, Fernando Collor de
Mello e Renan Calheiros e o deputado federal Paulo Maluf. "Eu vi o que o PT
dizia do Sarney. E hoje, o Sarney está lá. Do Collor, o Collor está lá. Do
Renan, o Renan está lá. Do Maluf, o Maluf está lá. E cada vez mais poderosos,
mandando e tirando as forças que poderiam efetivamente levar o governo à
preocupação com rumo certo", disse Campos, acrescentando: "A gente
tem o direito de errar. Só não tem o direito de permanecer no erro quando
constata que está errado. Constatamos que o Brasil está no caminho errado. Nós
saímos (do governo) para ficar com o povo e mostrar que o Brasil vai mudar para
melhor". Em João Pessoa, ele disse que o Brasil precisa de mudanças e
olhar para o futuro. "Vamos conciliar a boa governança da economia,
contendo a inflação e botando o Brasil para crescer", afirmou. O
presidenciável disse que, por outro lado, se eleito, vai preservar programas
sociais como o Bolsa Família e ampliar a escola em tempo integral e a
qualificação profissional. "Temos que cuidar das desigualdades. O Brasil
tem desigualdades muito fortes e o Nordeste as conhece de perto",
declarou. Segundo Campos, falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo
federativo. "Álertamos que falta ao Brasil um rumo estratégico e diálogo
federativo. A presidenta retirou os recursos do FPM (Fundo de Participação dos
Municípios) e do FPE (Fundo de Participação dos Estados), que atinge os municípios
e Estados nordestinos e da região Norte. Os municípios tinham 14% de tudo o que
se arrecada no País. Hoje, só têm 11%", disse. Ele responsabilizou a
presidente Dilma pela redução do efetivo da Polícia Federal em 3 mil homens,
deixando as fronteiras do País livres para a entrada de drogas. "Por isso,
o crack está aí, por toda parte onde a gente anda".
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