O golpe de 64 foi
comandado por civis, assumido publicamente pelos civis, justificado em tudo,
repressão, prisões, perseguições, cassações, pelos civis. Os militares entraram
como braço armado do golpe que eles, civis, promoveram. A farda apareceu sempre em segundo plano. Os civis estavam no topo do Poder: Carlos
Lacerda, governador do estado da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas, Adhemar
de Barros, de São Paulo, Juscelino Kubistchek, de olho na volta ao poder (que
não teria chance, pois o voto trabalhista, que o elegeu em 1955, iria em 1965 todo para Leonel Brizola), Antonio
Carlos Magalhães na Bahia, Marcos Maciel em Pernambuco e Ildo
Meneghetti, do Rio Grande do Sul. O Governador Magalhães Pinto, de Minas
Gerais, tomou a iniciativa e a
responsabilidade de desencadear o golpe. O Governador Adhemar de Barros promoveu combate sem trégua aos comunistas, caçando-os onde estivessem, em qualquer ponto do
território nacional e não somente em São
Paulo. Antes, durante e depois da crise, o Governador
Lacerda esteve no centro dos acontecimentos. Na tarde do dia 1º de abril, anunciou ao povo a vitória das forças
comandadas pelos generais. Dizendo
que a legalidade é anticomunista, mas não é antipopular, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek, candidato
do PSD ao Palácio do Planalto em 1965, afirmou que o Brasil precisava de reformas contra os
privilégios e contra os extremismos. Suas palavras foram decisivas para o desarmamento dos
espíritos. Os civis
ficaram no poder de fato, na política econômica. Os militares entraram com seu
programa nacional e assumiram o Planalto, mas pagaram o mico, ou seja, foram
queimados pela direita civil, que retomou as rédeas políticas em 1985. Foi
simples: os civis golpistas, logo que viram não terem acesso ao Planalto,
posaram de vítimas da ditadura que eles mesmo implantaram. E assim clonaram a
oposição à tirania e recuperaram o poder total na chamada retomada democrática.
Retomada sem soberania, claro.
NÃO MAIS POSTAREMOS OPINIÕES (ANÔNIMAS, OU NÃO) – Estávamos como um dos blogs com maior quantidade de postagens de opiniões dos leitores. Nunca censuramos, ou deixamos de inserir os comentários enviados sobre nossas matérias, artigos e notícias. Inclusive aqueles que nos ofendiam, caluniavam, difamavam, injuriavam... Entretanto, tivemos diversos dissabores com pessoas enfurecidas com comentários caluniosos, que os prejudicavam, constrangiam e cujos autores eram anônimos, ou se identificavam com o subterfúgio de nomes fictícios e irreais. Diante destes fatos e das sérias consequências decorrentes destas atitudes insanas e inaceitáveis, decidimos suspender a postagem de todos comentários e esperamos contar com a tolerância e compreensão de todos, pois não temos como identificar quem são os leitores que só querem bagunçar, ou nos criar situações embaraçosas. Pesquisaremos um sistema que possamos integrar aqui, para identificar, verdadeiramente, os autores dos comentários nos enviados e assim fazer cada qual responder por eventuais ilícitos. Eventualmente, postamos as matérias em nossa página de facebook e lá é impossível a postagem de comentários anônimos e de autoria inverídica. Portanto, sugerimos este espaço para os leitores educados, bem intencionados e conscientes das consequências de tudo o que é escrito para o conhecimento público. Agradecidamente, Val Cabral.
ResponderExcluir