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30 de março de 2014

O GOLPE DE 1964 NÃO FOI SOMENTE MILITAR


O golpe de 64 foi comandado por civis, assumido publicamente pelos civis, justificado em tudo, repressão, prisões, perseguições, cassações, pelos civis. Os militares entraram como braço armado do golpe que eles, civis, promoveram. A farda apareceu sempre em segundo plano. Os civis estavam no topo do Poder: Carlos Lacerda, governador do estado da Guanabara, Magalhães Pinto, de Minas, Adhemar de Barros, de São Paulo, Juscelino Kubistchek, de olho na volta ao poder (que não teria chance, pois o voto trabalhista, que o elegeu em 1955, iria em 1965 todo para Leonel Brizola), Antonio Carlos Magalhães na Bahia, Marcos Maciel em Pernambuco e Ildo Meneghetti, do Rio Grande do Sul. O Governador Magalhães Pinto, de Minas Gerais, tomou a iniciativa e a responsabilidade de desencadear o golpe. O Governador Adhemar de Barros promoveu combate sem trégua aos comunistas, caçando-os onde estivessem, em qualquer ponto do território nacional e não somente em São Paulo. Antes, durante e depois da crise, o Governador Lacerda esteve no centro dos acontecimentos. Na tarde do dia 1º de abril, anunciou ao povo a vitória das forças comandadas pelos generais. Dizendo que a legalidade é anticomunista, mas não é antipopular, o ex-Presidente Juscelino Kubitschek, candidato do PSD ao Palácio do Planalto em 1965, afirmou que o Brasil precisava de reformas contra os privilégios e contra os extremismos. Suas palavras foram decisivas para o desarmamento dos espíritos. Os civis ficaram no poder de fato, na política econômica. Os militares entraram com seu programa nacional e assumiram o Planalto, mas pagaram o mico, ou seja, foram queimados pela direita civil, que retomou as rédeas políticas em 1985. Foi simples: os civis golpistas, logo que viram não terem acesso ao Planalto, posaram de vítimas da ditadura que eles mesmo implantaram. E assim clonaram a oposição à tirania e recuperaram o poder total na chamada retomada democrática. Retomada sem soberania, claro.

Um comentário:

  1. Val Cabral31 março, 2014

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