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Câmara

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7 de fevereiro de 2014

AS NOVAS E ASSUSTADORAS FORMAS DE LUTAS DOS NOSSOS JOVENS

A cada dia, a sociedade brasileira se depara assustada com um novo fenômeno social, com direito a cobertura midiática e veiculação ao vivo, reportagens, entrevistas, artigos e colunas. Em 2014, a bola da vez é o “rolezinho”! Para os atônitos e desconfiados, imagina-se a angústia e sofrimento diante da sociedade do medo, da violência, do terror, da droga, roubo, ou até mesmo pelos atores serem seus próprios filhos e filhas. Nesse caso, beira a ignorância para uns e, para outros, zelo pelos seus adolescentes e jovens. Agora, para os plantonistas da criminalização, além da ignorância, encontra-se embutido um grande teor ideológico e de preconceito. Para estes, qualquer movimentação social significa desordem social e baderna; e, ainda mais pesado, quando os atores são jovens de classe média baixa, pobre e negros! Apesar de quase três décadas do fim da ditadura militar, esses setores da sociedade ainda não conseguiram se desvencilhar do ranço doutrinário do autoritarismo e da ordem como princípio ordenador da sociedade. Nesse cenário de desconhecimento, medo e criminalização, as exceções ficam por conta daqueles que procuram entender o fenômeno em seu contexto social, em nível local e global, identificando as causas e significados. Neste contexto, tanto as mobilizações de 2013 quanto os “rolezinhos” têm a mesma origem, os mesmos personagens e a mesma concepção política e ideológica. A sua origem encontra-se na mudança ocorrida nas últimas décadas nos parâmetros da sociedade moderna, onde novos instrumentos de sociabilidade foram construídos, como a internet e as redes sociais e, em paralelo, o inchamento urbano, falta de espaço público e de políticas públicas suficientes e eficientes para atender às novas demandas da população e, em especial, da nova geração. Os atores, em sua maioria, são os mesmos. Ao invés de personagens perigosas e criminosas, essa geração é vítima de uma estrutura social que seus agentes públicos não se preocuparam em planejar e estruturar as condições sociais capazes de atenderem às necessidades postas pelos anseios e perspectivas desses segmentos. Há uma característica comum: a despolitização. É uma geração pós-ditadura militar, gestada para o imediatismo, consumismo e individualismo pela propaganda midiática e redes sociais. O conteúdo ideológico pauta-se na visão de mundo individualista e do ser humano como super-homem e supermulher, tendo como espaço ideal e perfeito para a sua realização, o shopping center.

Um comentário:

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