É muito difícil ficar à margem dos avanços e inovações tecnológicas. Os mais antigos reagem, viram dinossauros de resistência; são os cinquentões dos hábitos arraigados e sedimentados. Alguns fazem força para não mudar. Os hábitos viraram uma segunda natureza. Entre os jovens há exceções, também: os que relutam em se engajar nessa nova ordem de coisas. Há os que mudaram antigos hábitos na marra, pois os setores onde trabalham foram modernizados e aí foram obrigados a largar a papelada, arquivos, gavetas abarrotadas de documentos. Não faz muito tempo, nas repartições públicas, os funcionários vinham com carrinhos de mão cheios de processos para despacho. Outros setores, mais modernos, informatizados, rendem mais, produzem mais, com um número menor de pessoas. É o mundo digital em curso. As crianças aprendem com facilidade a manusear os eletrônicos, deixam os pais no chinelo. Desde muito cedo, mexem com os tablets, abusam dos canais de TV a cabo, de DVDs, videogames, blogs e redes sociais. Aos oito ou nove anos, já querem os celulares e tablets, queimam os neurônios e a paciência dos pais para adquiri-los. Sempre que lembro do saudoso jornalistas Eduardo Anunciação, recordo um fato para lá de curioso. Encontrei a expressão “analfabeto eletrônico” num escrito dele, no qual relata que durante muitos anos reagiu ao uso do computador, à internet, à mídia eletrônica. Entretanto, chegou um momento em que se sentiu “um excluído do contexto da comunicação, um sem-terra literário, um sem-site, um alienígena dessa nova ordem de informação planetária”. Os amigos mais próximos tentaram convencê-lo de um fato óbvio: para que suas matérias e artigos fossem lidos em toda parte, alargassem fronteiras, havia necessidade de criar um site na internet ou um blog e preparar-se para responder aos numerosos e-mails que receberia dos leitores virtuais, dos internautas. Eduardo Anunciação, que proveio da época da máquina de escrever Remington, morreu sem ceder aos novos meios de comunicação e de expressão. O fato é que não é fácil dominar essa nova era onde a tecnologia nos domina. Os computadores trouxeram outra novidade; numerosas palavras inglesas já foram incorporadas ao dicionário de Aurélio Buarque de Holanda. Lá, encontramos: site, homepage, chat, modem, mouse, e-mail, web, net, tablet, smartphone e webcam. Faz ressalva de que são anglicismos, inglesismos, ainda não aportuguesados. Tal observação é necessária porque a língua portuguesa deve ser preservada.
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