Não é nenhuma novidade
dizer que este ano em início será nucleado pelas eleições. Sempre foi assim – e
em qualquer lugar do mundo. Quando se está em jogo a mudança do comando de um
país todas as forças vivas desse lugar entram em explicável transe; e, não
raro, forças mortas, ou tidas como tal, remexem-se em seus sarcófagos,
revividas pelo aroma de voto no ar. Neste sentido, 2014 será igual a 2010,
2006... Diferente, em intensidade, do frisson municipal de 2012, 2008...
Afinal, a despeito da indiscutível importância dos municípios, a coisa complica
quando se coloca em jogo a Presidência da República. E a hora da disputa maior
é agora. Ou melhor, começou em outubro de 2012, antecipada pela iniciativa do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em lançar o senador Aécio Neves como
candidato tucano em bloqueio à disposição do eterno pretendente José Serra em
marchar novamente para as urnas. A mídia culpou Dilma e Lula pela antecipação
da campanha, mas, no fundo, ninguém estava, ou está, muito preocupado com quem
se adiantou. A disposição das forças em luta não foi alterada pelo apressamento
da velha política café com leite. Novidade também não será a manipulação das
interpretações econômicas sobre o ânimo do eleitor. Salvo poucas exceções, o
PIB sempre foi utilizado como arma eleitoral, e não é ruim que assim seja. É
bom que quem esteja no governo tenha mais preocupações e sofra ainda mais
pressões para melhorar o desempenho econômico nacional. Depois da pequenez do
crescimento da economia no biênio 2012/2013, o ímpeto eleitoral faz os
economistas de oposição afirmarem que em 2014 o percentual de crescimento deverá
ser menor que no ano passado, enquanto os mais simpáticos ao Planalto garantem
um percentual maior para o PIB no fechamento das contas deste ano iniciado há
três dias. Dificuldades sociais e econômicas, portanto, são previsíveis para
este ano em função da junção de dois fatores: problemas renitentes na economia
global e injunções político/eleitorais no Brasil. Nada de novo, apesar de
preocupante.
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