O presidente da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania-FICC,
Roberto José da Silva, está no comando do despautério das contratações das
atrações nacionais Zeca Baleiro e Detonautas, para os festejos de réveillon em
Itabuna. Embora eu não saiba o valor exato do contrato da renomada banda de
rock, possuo a suspeita de que ela seja muito mais cara, que Lordão, Trio da
Huana e outras bandas famosas, que avalizariam, seguramente, a participação do
povo na festa da prefeitura. Sei que o policiamento é um problema complexo,
para assegurar a tranquilidade do público neste evento, pois são poucos os
agentes existentes em Itabuna, para a perspectiva e gravidade da
vulnerabilidade a que este réveillon submeterá todos. Entre dúvidas e certezas,
o fato é que réveillon com Detonautas é uma proposta equivocada e
irresponsável. Tanto Roberto José, quanto o prefeito Claudevane Leite, são
evangélicos e sabedores do atual momento violento vivido por Itabuna. Uma festa
pública com banda de rock, atrai jovens rebeldes, deserdados, insatisfeitos e
revoltados, que juntos, podem funcionar como combustão para circunstâncias de intranquilidade
e impetuosidade, cujas consequências são temerárias. As brigas entre galeras de
bairros são predominantes nos eventos públicos em Itabuna. É nobre o propósito da
Ficc, para que o povo não fique sem festa na cidade. Mas é prudente que se repense
o que se pretende promover. Com absoluta convicção, seria mais pertinente a
realização de um grande evento na virada do ano, com atrações gospel,
católicas, espíritas e das matizes afro-descentedentes, para, ecumenicamente, propiciar-se
um réveillon alegre, harmonioso, empolgante e com mínimas possibilidades de
descontroles e intempestuosidades. Ainda há tempo para se rever conceitos e
desfazer contratos açodados, apenas por boa e nobres intenções e isto insuficiente,
para evitar implicações irremediáveis e nebulosas.
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