As pessoas precisam entender que, em uma guerra civil, a guerra não
se reflete em matança a todos os momentos em todos os lugares. No Afeganistão,
morreram 1.300 civis no conflito nos primeiros seis meses deste ano. O número é
bem inferior ao total de homicídios na Bahia. Ainda assim, no imaginário de
muita gente, Cabul é um açougue de gente. Não é. Mas não sou especialista em
Afeganistão. Falarei da Bahia, que conheço bem. Comecemos pela capital baiana. Acontecem
assassinatos em quantidade de guerra civil em todos os finais de semanas em
Salvador. Ainda assim, os soterapolitanos vão a faculdade, frequentam boates, bares,
restaurantes, se casam, fazem piadas, músicas, teatro, assistem novelas, ganham
dinheiro e gostam de ir ao cinema e aos ensaios do Olodum e Timbalada. Vi
comentários criticando que Wagner não mostra a matança em Salvador nas suas
fotos no Instagram. É óbvio que não mostra. Nenhum líder político do mundo faz
anti-propaganda. O que você esperaria do líder de um governo ruim como o do PT
na Bahia? De qualquer forma, Wagner exibe também propaganda que reflete em
parte a situação no Estado. A matança não ocorre o tempo todo em todos os
lugares, como escrevi acima. Hoje, em bairros de Salvador, há homicídios quase
diariamente. Mas nem toda Salvador está intranquila. Nas praias da Ribeira, Itapoã,
Barra e Pituba, o verão anda a toda, ainda mais com a chegada de pessoas de
outras partes do país em busca da segurança e da estabilidade da capital baiana,
tão propagada na mídia oficial. Dá para ter lazer de norte a sul de Salvador
sem correr o menor risco de morrer. Agora, claro, não vá para determinados
bairros, principalmente à noite. Portanto, lembrem-se, as mortes na Bahia não
ocorrem o tempo todo em todos os lugares. É como a criminalidade no Brasil.
Infelizmente, as pessoas se adaptam. E acabam não percebendo que Itabuna é mais
perigosa do que Salvador.
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