Parece óbvio
dizer que é na cidade que as pessoas nascem, moram, mantêm seu círculo de
amizade, trabalham, constituem família, enfim, é nela que vivemos e
fincamos nossas raízes. Essa relação tão próxima entre as pessoas e as
cidades ocorre com todos nós, independente do credo, renda, escolaridade,
nacionalidade e querer. Por isso as cidades são também consideradas a porta de
entrada das demandas da população. Decorridos 25 anos da promulgação da
nossa Constituição, o que se constata, é que os constituintes, no
afã de descentralizar programas outrora de responsabilidade da União,
transferiram aos municípios uma significativa parcela de ações de Programas, em
todas as áreas, notadamente na Saúde, Educação e Assistência Social.
Essa descentralização ou municipalização, compõe uma equação de difícil
solução, em desfavor dos municípios, pela evidente descompensação
entre o volume de responsabilidades que lhes foram atribuídas e suas efetivas
participações no produto da arrecadação das receitas públicas, concentrado, em
sua grande maioria, em favor da União. O certo é que, a cada dia, aumentam as
demandas dos munícipes em relação à prestação de serviços nessas e
em outras áreas, ficando os Prefeitos com a responsabilidade de
compatibilizar as metas e prioridades da sua administração com a implementação
de ações impostas em nível nacional para as quais, muitas vezes, sequer são
consultados da sua pertinência e prioridade para o município, e que não
consideram, em sua maioria as peculiaridades regionais e locais. Num quadro de baixa capacidade de
geração de receitas próprias, resta aos municípios que não detêm autonomia
financeira, buscar recursos suplementares, junto aos estados e à União, para
possibilitar a construção de escolas, creches, unidades de saúde, etc., através
das denominadas transferências voluntárias. Ressalte-se que esses recursos,
quando disponibilizados, destinam-se à ampliação do patrimônio público, ficando
a administração municipal responsável pelo custeio da contrapartida, da
manutenção dos equipamentos públicos, da contratação de novos profissionais
para atender a população. Esses custos decorrentes da expansão da ação
governamental devem ser, necessariamente, recursos próprios. A baixa
arrecadação de receita própria dos Municípios, decorrente de uma economia ainda
incipiente, aliada aos limites impostos pela Lei de
Responsabilidade Fiscal, especialmente na área de pessoal, coloca o
Gestor diante de uma situação, no mínimo desconfortável e preocupante. De
um lado as demandas crescentes da comunidade, de outro a escassez de recursos e
uma legislação que precisa ser revista, especialmente a Lei de Responsabilidade
Fiscal e a Lei das Licitações. É urgente
que o Congresso Nacional priorize debates acerca do papel que os
Municípios exercem no cenário Federativo, sob pena de pecar pela omissão e não
compromisso com os Governos locais. A Reforma das reformas, a meu juízo, é a
revisão do Pacto Federativo, onde o município possa exercer de fato e de
direito o seu papel de relevância na vida política e administrativa do País,
deixando de ser o ente federativo enjeitado para cumprir o seu papel de
protagonista das melhorias de vida das comunidades locais.
O mais triste é que, mesmo que o PT acidentalmente seja colocado para fora do poder, pela tradicional via eleitoral, com a dogmática dedada eletrônica sem possibilidade de auditoria e contestação, a maioria ignorante do povo brasileiro vai eleger, no ano que vem, marionetes com um projeto muito parecido com os dos petistas e aliados.
ResponderExcluirEsses prefeitos fazem tudo o que o PT manda. Se nada for feito, em 10 anos, o PT governará de uma só vez todos os estados da nação, e as cidades mais importantes, assim como só teremos senadores, deputados e vereadores petistas, visto que já destruíram possibilidades de oposição, e usarão de alianças com os partidos do Foro de São Paulo numa coligação eterna de tomada total de poder, totalitarismo.
ResponderExcluirO PSDB mesmo sendo esquerdista, é a única opção frente ao PT neste momento.
Lourival Nunes de Novais
Tudo farinha do mesmo saco.
ResponderExcluirNivaldo Dantas
A democracia brasileira está por um fio, mas caberá também aos eleitores do estado da Bahia a missão de evitar que o País seja transformado na versão agigantada da Venezuela, que há anos está sendo corroída pela patifaria bolivariana. Benedito
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