O discurso neoliberal, uma bíblia cujo Deus é o Mercado,
fala de "flexibilização" dos direitos dos trabalhadores para
"modernizar" a economia. Em termos civilizados, admite-se que a
economia deve se modernizar para garantir melhor qualidade de vida às pessoas.
Mas, no discurso neoliberal, a lógica é outra: a modernização da economia exige
menos direitos sociais aos cidadãos. Quando se trata de cortar gastos do Estado
nacional, são as escolas, os hospitais, as pensões dos aposentados e os
salários do funcionalismo público as prioridades. Esses cortes excluem e
marginalizam setores cada vez mais amplos da sociedade brasileira. A
criminalidade passa a atrair adolescentes e jovens como alternativa de vida.
Enquanto o Governo oferece 15 reais por mês a uma família para que envie seu
filho à escola pública, sucateada e com professores mal pagos, o tráfico de
drogas oferece 100 reais por semana a quem largar essa escola e exercer a
função de "mula". O crime e a violência se transformam numa guerra
social, com mais vítimas diárias que as guerras convencionais. O apelo
sensacionalista dessa lógica faz com que as cadeias nacionais de TV ofereçam
programas diários específicos, em horário nobre, sobre a guerra social
brasileira. E aí, presos somente à última conseqüência, pedem mais polícia,
mais armas e mais prisões. Escolas, hospitais, cursos profissionalizantes,
salário dos professores, empregos, pensões dos aposentados, são esquecidos.
Interessa mostrar as armas, os cadáveres, as vítimas. O discurso neo-liberal
agradece: tudo se resume em a polícia endurecer com os bandidos. Que se façam
mais prisões e menos escolas. Por Odilon
Pinto, doutor em Linguística e professor da Uesc.
Na Bahia precisa mais escolas e tbem mais prisoes... belo texto!
ResponderExcluirJuscelino Costa dos Santos
A educação é a base de tudo!
ResponderExcluirSó se forma pessoas boas quando se tem um mínimo de educação! E na escola se aprende mais que as matérias: aprende também respeito tolerância ao próximo... e com mais escolas, acaba-se não tendo que se construir mais prisões!
A escola não pode nada.
ResponderExcluirOs professores podem se unindo com as famílias, que tem que ter interesse em acompanhar, se aproximando da escola e cobrando resultados, mas colaborando também para não só fazer reclamação, mas dar contribuição com elogios e acompanhamento dos filhos...
Enquanto houver pais omissos;
Enquanto houver pais que só dão razão aos filhos e suas mentiras;
Enquanto houver pais que só reclamam dos professores e desmotivam... vai continuar no mesmo passo, com escolas não barrando a necessidade do governo construir mais cadeias e mais prisões.
Reginaldo Teixeira
A escola sendo uma instituição que existe para reforçar a educação do indivíduo, deve e pode colaborar para evitar o crime, promovendo a interação dos alunos estimulando assim a diversidades de ideias no que toca ao problemas que a sociedade enfrenta, aprender com cada aluno e não simplesmente incentivar a "decor" de conceitos.
ResponderExcluirO fato é que tudo começa pela educação, e isto requer que se comece a valorizar os professores, que estudam durante cinco anos em uma faculdade e recebem o mesmo salário de um chefe de obras que nem estudo tem.
ResponderExcluirInvestir em esportes, gincanas, ter uma estrutura legal para dar aula, tipo ir no pátio, fazer passeios bacanas, os professores se unirem, colocar psicólogo para ajudar os alunos com problemas, chamar a família para ter uma maior participação na vida do aluno.
Fazer com que a criminalidade não atinja os jovens é preciso um trabalho em equipe entre escola e sociedade. Não adianta somente as escola querer fazer a diferença.
NÃO É A TOA QUE O PROFESSOR ODILON PINTO É CHAMADO DE MESTRE DOS MESTRES.
ResponderExcluirWILSON MARQUES