A expressão “olho por olho, dente por dente” é milenar e todas as gerações
ouviram falar em algum lugar, em algum templo talvez, porque é uma frase
bíblica. Nos tempos modernos, interpreta-se como vingança, pagar na mesma moeda
pelo crime, pelo mal cometido. É assim que as pessoas estão reagindo nas ruas
quando flagram um delito e conseguem pôr as mãos no criminoso. Explode o
instinto perverso que vem das profundezas da alma do ser humano e, reunidos em
bando, partem sem dó nem piedade para o linchamento – em fração de minutos, o
infrator vira vítima da fúria, do ódio de uma multidão monstruosamente
descontrolada. Violência gerando mais violência. Na ânsia de fazer justiça com
as próprias mãos, os pretensos justiceiros viram criminosos tanto quanto o
bandido que ficou estendido num lugar qualquer, morto ou próximo do seu último suspiro
de vida. Linchar seres humanos, mesmo que sejam ladrões, estupradores,
vagabundos de toda a espécie, é crime, apesar de não estar inserido no Código
Penal Brasileiro, exceto quando há homicídio resultante do espancamento. Mas,
acusar a quem, se são muitos os vingadores? Não conheço nenhum caso em que os
linchadores tenham sido punidos pela truculência. Lamentável! Isso está acontecendo
sucessivamente em Salvador e no interior baiano. Uma manifestação clara da
revolta popular pela descrença da sociedade na questão da segurança pública. É
preocupante, mas nada justifica a atitude selvagem da multidão. Formar um corredor da morte para
apedrejar, bater até sentirem gosto e cheiro do sangue jorrando sem parar é uma
monstruosidade injustificável. Se o meliante deu bobeira e foi pego, entregue-o
à polícia. Espancá-lo até a morte é
uma atitude insana. Ninguém tem o direito de torturar vítimas, mesmo sendo um
bandido sanguinolento. Linchar não é sinônimo de justiça. Não podemos nos
deixar influenciar pela violência que gratuitamente entra todos os dias em nossas casas pelos
noticiários do rádio e dos jornais; pelos inúmeros programas de rádio que
transmitem em extensos horários os acontecimentos mais horrorosos vividos pela
sociedade. E como se não bastasse, as famílias estão se trucidando no
sacrossanto ambiente de suas próprias casas. A
violência está explicitamente incontrolável.
Quem mata quem mata não mata?
ResponderExcluirEntão aonde está a Justiça aí?
Paulo Vieira de Oliveira
É a desmoralização e bestialização da sociedade.
ResponderExcluirTalvez esses episódios fossem evitados se no Brasil existisse uma Justiça de verdade.
Joselito Gomes
Mais uma excelente matéria.
ResponderExcluirParabéns Val Cabral.
E bola pra frente.
Vc é um dos poucos em que podemos confiar.
Eu não concordo com essa selvageria desmedida e injusta, sou contra qualquer ato de violência, ao linchá-los estaríamos nos igualando à eles à nível de selvageria e crueldade.
ResponderExcluirRodrigo Sabóia de Magalhães
Val Cabral, isso é lamentável. Isso só iguala as pessoas na maldade, porque se ele fez um mal, você também está fazendo. Só uma mente muito pequena e mesquinha não consegue ver isso.
ResponderExcluirCASOS DE ESTUPRO SEGUIDO DE MORTE RESULTAM NA MORTE DO ASSASSINO DENTRO DA CADEIA.
ResponderExcluirO SUJEITO É ENTREGUE AOS OUTROS PRESOS QUE "ACABAM"
COM ELE DURANTE UMA NOITE E DEPOIS A POLICIA RETIRA O QUE
SOBRAR DA CELA E JOGA NA PORTA DO HOSPITAL.
COMPLICADO ! EU NÃO ACHO QUE SEJA CORRETO.
Júlio Ernesto de Freitas
Sou a favor da pena de morte mas não a favor da impunidade, todo ser humano merece respeito mas a população já não aguente mais tanta impunidade... hoje um vagabundo destes assalta e mata um pai de família e fica impune por que é de menor... ainda vem os direitos humanos e os religiosos passar a mão na cabeça destas pragas dizendo que Deus quer que amemos nossos inimigos e que temos que perdoar... hora BASTA!
ResponderExcluiraonde não há justiça numa sociedade liderando-a há o socialismo ditador...
e isto não podemos viver pois não somos escravos e nem merda para que as autoridades deste pais cuspam em nossas opiniões não dando a elas atenção devida.