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Câmara

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19 de outubro de 2013

ANJOS QUE NÃO DEVERIAM MORRER



Mortes! Elas são indescritíveis. Não têm hora para chegar, não pedem licença e interrompem os sonhos, no início ou na melhor parte deles. Elas não têm a cortesia de esperá-los terminarem. A morte, em geral, parece acontecer só com as outras pessoas. Mas quando ocorre com alguém que gostamos muito, uma pergunta insistente paira no ar: por quê? Onde Deus está quando a tragédia ataca? Ele sabe onde estamos e o que está acontecendo conosco? Ele vê quando estamos sofrendo? Realmente se importa? Se sim, por que não vem nos socorrer? Jamais entenderemos os problemas; jamais compreenderemos todas as desgraças, enquanto não buscarmos desvendar o que se passa por trás de tudo isso. Não há meio de entendermos o sofrimento, enquanto não entendermos a Deus. Precisamos, realmente, compreender o dilema divino. Deus não queria brinquedos para manipular e controlar. Ele não criou robôs. O Criador não tencionou formar pessoas movidas a bateria. Ele queria gente de verdade a quem pudesse amar e por quem pudesse ser amado. Deus queria que os homens fossem livres para escolher. Deus deu a liberdade de escolha aos anjos e a todos os seres criados. E Deus criou Zé Inácio e Zé Inácio criou o apogeu da rebeldia de um ser que rompeu obstáculos conservadores, com o mesmo ímpeto que punia atletas com seu apito de arbitro; com o mesmo vigor que estimulava a liberdade de expressão do corpo, da alma, dos pensamentos e das falas; com a mesma vontade de ser criado e criador em corpo, alma e espírito; que foi abnegado pelas causas que acreditou e que seu do seu nome e da sua história, um mito a ser reverenciado como ícone da sabedoria, da alegria e da rebeldia saudável e apaixonante. Morreu Zé Inácio. Mas jamais morrerá sua história.

3 comentários:

  1. Lamentável esta noticia.
    Ele sempre foi uma pessoa muito alegre, divertida e trabalhadora.
    Kleber Barreto

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  2. DEUS SEJA BENEVOLENTE COM SUA ALMA E CONSOLE SEUS FAMILIARES.
    EDMILSON MARQUES

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  3. Realmente, morreu um anjo, lamentavelmente.
    Otávio Lopes

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