Buerarema viveu hoje um sábado de
conflitos. Palco de disputa entre produtores rurais e indígenas da
etnia tupinambá, o clima de violência na cidade, ocupada atualmente por
tropas da Força Nacional, aumentou consideravelmente hoje (24), e resultou na
depredação de diversos bens públicos e privados, no incêndio de 15 residências
e no uso de gás lacrimogênio e bombas de efeito moral com o objetivo de conter
os atos de vandalismo. Segundo a Polícia Civil, o estopim da crise deste sábado
foi a chegada do suposto irmão do cacique da tribo, que chegou armado em Buerarema
a fim de pegar combustível e teria insultado moradores da região. A provocação
foi o suficiente para que a tensão na cidade alcançasse níveis jamais vistos
antes. Buerarema está apreensiva e o sentimento de revolta envolvendo índios e
a população é tão grande, que várias casas comerciais já foram invadidas e
depredadas, assim como bancos, a Cesta do Povo e os Correios da cidade. A
população está concentrada em frente ao prédio da prefeitura, como forma de protesto.
Acabou de chegar um ônibus cheio da Polícia Militar de Itabuna, para ajudara
conter o tumulto. A Polícia Civil confirma a destruição na cidade de inúmeros
estabelecimentos comerciais que fornecem materiais ou alimentos aos indígenas e
que são gerenciados por parentes deles. A população também invadiu e ateou fogo
nas casas habitadas pelos tupinambás desde a manhã deste sábado. ENTENDA
O CASO - Diversas fazendas estão sendo invadidas para pressionar o overno federal a
concluir a demarcação de terras da reserva indígena, que fica na zona limítrofe
entre Ilhéus, Una e Buerarema. Segundo a Polícia Civil, proprietários dos
imóveis e trabalhadores têm sido expulsos em situações que, algumas vezes,
terminaram em casos de ameaça e lesão corporal. Por causa deste impasse,
produtores rurais têm optado por realizar protestos na região. O último deles
ocorreu na terça-feira (20) na BR-101, quando produtores rurais da região de
São José da Vitória incendiaram uma viatura da Fundação Nacional do Índio
(Funai). De acordo com o Governo Federal, as tropas da Força Nacional de
Segurança devem permanecer na região até o dia 27 de agosto para garantir a
segurança na região e prevenir que os conflitos entre produtores rurais e
indígenas se agrave. Os soldados estarão sob coordenação da Polícia Federal e
devem realizar ações de patrulhamento. A Fundação Nacional do Índio (Funai) afirma
que o território em disputa já passou por estudos técnicos de caráter
multidisciplinar para sua identificação e delimitação. Os resultados destes já
foram publicados no Diário Oficial da União no dia 20 de abril de 2009. Ou
seja, as terras já foram delimitadas. Contudo, a área em questão ainda não
passou pelos processos de declaração (quando são demarcadas fisicamente pela
Funai), homologação (os procedimentos são ratificados pela presidente) e
regularização, isto é, registradas em cartório em nome da União e da Secretaria
de Patrimônio da União. Foto: Radar Notícias.
Bandidos.
ResponderExcluirSimplesmente.
Porque as Polícias não investigam seriamente e prendem estes bandidos?
Como vão poder acusar os índios de bandidos agora???
Lourival Nunes
Tem que prender todo mundo e expropriar seus bens para pagar pelos prejuízos.
ResponderExcluirJúlio Vieira
Eles fazem violência para serem ouvidos
ResponderExcluirMuito pior fizeram os supostos índios, ao invadirem, queimarem, roubarem, ferirem... os fazendeiros e seus amiliares.
Não sou muito de acordo com esse tipo de “protesto” mas como fazer o ESTADO ouvir sem destruir um patrimônio (publico ou privado)? Todos já estão cansados de saber que só com cartazes e gritos ninguém da moral...
Pedro Ernesto de Souza Jr.
Sou totalmente contra a violência.
ResponderExcluirEstão todos errados. Miranda Ramos
Buerarema, São José da Vitória, Una, Ilhéus, Porto Seguro, Pau Brasil... foram jogadas á própria sorte e que sofre com isso são índios, fazendeiros, comerciantes e o povo em geral.
ResponderExcluirEntretanto, ano que vem tem eleições... basta dar o troco nas urnas!!!
PT JAMAIS NOVAMENTE.