Prova do caos e descaso há 100 metros da Prefeitura |
Quando se descreve Itabuna,
é quase impossível dissociar a cidade do conceito de ponto convergente regional.
Mas sob a ótica da engenharia e segurança do trânsito, a maior cidade do sul da
Bahia está longe do que é considerado moderno atualmente. A cidade adquiriu
problemas típicos de lugares que não tiveram chance de se planejar. A cada dia,
o que se vê são mais engarrafamentos e vias manchadas pelo sangue das vítimas
que se acidentam no trânsito. Itabuna não pode se dar ao luxo de evitar
discutir mudanças fundamentais para melhorar o trânsito e torná-lo mais seguro.
Não é necessário ser especialista para conhecer alguns pontos críticos do trânsito
em Itabuna. Poucas pessoas não ficam surpresas com o que ver pelas vias da cidade:
incontáveis carros, excesso de velocidade, tímida fiscalização, pouco acesso ao
transporte público e quase nenhuma facilidade para o pedestre. Há três, quatro
décadas, o carro em Itabuna era o protagonista; portanto, a cidade foi
desenhada para ele. Hoje, o protagonista é o pedestre, o cidadão. O município
de Itabuna não é moderno nesse sentido. Para que a cidade se enquadre no
aumento substancial de veículos nas ruas — que já somam mais de setenta mil — a
decisão de sucessivos governos tem sido a criação de novas vias e o alargamento
de outras, a exemplo da avenida Pedro Jorge, que se tornou um martírio
principalmente para os pedestres. “Se você planta pistas, colhe carros. Esse
plano não resolve nada. É preciso repensar o modelo de transporte e dar
alternativas para que a população nem sequer queira pegar o carro”, argumenta o
presidente do Sindicato dos Taxistas, Eduardo Cardoso. Falta decisão política
de priorizar o transporte público. Vivemos uma grave crise de mobilidade na
cidade. Mas temos condições especiais para resolver isso sem maiores traumas. É
preciso reformular toda a rede de transporte atual. Implantar o sistema Zona Azul
e novos semáforos; construir um viaduto após a ponte do São Caetano, incentivar
construção de edifício garagem no centro da cidade e organizar o serviço de
mototaxis. E aplicar um plano diretor de transporte que envolva o entorno dos
bairros de periferia. Itabuna tem uma situação especial, privilegiada, para não
ter que chegar ao caos. A cidade está perdendo a oportunidade de se tornar uma
vitrine e a maior preocupação do atual secretário de Trânsito, Clodovil Soares,
é perseguir taxistas, mototaxistas, transporte alternativo e se envolver,
indevidamente, na eleição do sindicato dos taxistas. Uma série de ações pode
reduzir o número de fatalidades e deve isto focar fiscalização rigorosa, tanto
por meio de radares como por patrulhamento, e da abertura de espaço para dar
voz às famílias de vítimas de trânsito. Um dos pilares para a queda do número
de acidentes no trânsito deve ser a urgente implantação de testes de alcoolemia
em motoristas. A presença da polícia nas ruas é imprescindível. Para efeitos de
segurança e de fiscalização. A ideia é reduzir o sentimento de impunidade. Os
governantes precisam começar a pensar nos pedestres. Se as autoridades tivessem
o hábito de andar a pé e não de carro, certamente boa parte dos problemas seria
solucionado. Quem planeja e toma as decisões costuma perceber a cidade pela
janela do automóvel. Existe pouca infraestrutura construída para os pedestres. Um
exemplo disso é a falta de calçadas, ou excesso de passeios intransitáveis. O cidadão
é obrigado a usar a pista em avenidas como a Itajuípe e a rua do Cajueiro, que
liga o bairro Fernando Gomes ao bairro Ferradas e BR 415. Como motorista, o
servidor público Luís Moura, 39 anos, que reside no bairro Califórnia, concorda
que o trânsito é ruim para pedestres e motoristas e vai mais além. Diz perceber
que os “condutores itabunenses estão mais imprudentes e cada vez respeitando
menos os pedestres. Isso é reflexo da falta de investimento na fiscalização”,
acredita.
Soluções tem para resolver este gravíssimo problema em Itabuna... mas a tendência é piorar muito.
ResponderExcluirOs principais problemas estão na manutenção do delegado Clodovil como secretário, o numero de carros na cidade está aumentando muito a a largura das ruas permanece a mesma...
Para melhorar ou permanecer igual tem que ter projetos, planejamento e investimento em transporte publico eficiente, para evitar o uso do transporte individual (carro), e melhoria e ampliação das vias...e isso a gente não tem visto ser debatido.
Jorge Sales de Azevedo
É assim por que o governo do Vane do Renascer é uma porcaria.
ResponderExcluirTem já está passando da hora de todos adquirirem carros como os do desenho Família Jetsons, movidos a ar e que não poluem, e voam... rsrsrsrssrsrs...
ResponderExcluirPiadinhas a parte, acredito que este problema tenha solução sim, aumentando a qualidade do transporte público e investindo na construção de novas pistas, ruas e avenidas, o que será dispendioso porém eficiente.
Não moro em Itabuna, mas minha cidade (ILHÉUS) tb deixa a desejar em horário de pico.
ResponderExcluirTudo horrível.
Wadson Novais
Acho meio complicado solucionar essa situação em uma cidade tão desorganizada como Itabuna!
ResponderExcluirDifícil!
Só um especialista na área pra te resolver... e não é este o caso do secretário Clodovil Soares!
Reginaldo Pereira de Jesus
Se todos andassem de bicicleta já ajudaria, pq quem anda de bicicleta chegar mais rápido ao local do que uma pessoa de carro. E ainda lucra com a prática de exercícios físicos.
ResponderExcluirA tortura do trânsito não escolhe classe social e atinge tanto o milionário do Jardim das Acácias, que anda em carro importado com motorista, como o morador da periferia que, para trabalhar, sofre horas por dia dentro do ônibus.
ResponderExcluirO caos afeta a segurança (carros parados nos congestionamentos são alvos fáceis para assaltantes), causa mortes, polui o ar e gera prejuízos de milhões de reais por ano à economia de Itabuna, segundo uma estimativa de consultores especialistas em assunto de Transportes Públicos.
Faz com que os itabunenses cheguem a odiar a cidade. Mais do que um problema, é um problema gravíssimo – mas que tem soluções.
Exigem imaginação, competência e coragem do poder público.
É deprimente se constatar que só existem pessoas inúteis e corruptas no governo.
ResponderExcluirJosé Carlos Marques da Silva