O desemprego é
sempre um problema grave, mesmo quando devidamente coberto pelo seguro de
desemprego, pela simples razão de perturbar dois aspectos fundamentais da vida
das pessoas e das famílias; a rede de relações sociais que o emprego suscita e
as rotinas que estruturam o cotidiano. A situação agrava-se quando a esses dois
aspectos se junta o da falta de recursos, que é o que acontece quando o
desempregado não tem direito, esgota o período de receber subsídio de
desemprego ou o nível do subsidio é insuficiente para uma vida digna dos que dele
dependem. Outro fator de agravamento da situação é o do desemprego de longa ou
de muito longa duração. A exclusão do trabalho por muito tempo, ou uma
prolongada dependência da assistência pública ou privada corroem a liberdade e a
criatividade da pessoa e as suas relações familiares e sociais, causando
enormes sofrimentos a nível psicológico e espiritual. Há o entendimento de que
o apoio assistencial seja indispensável para não ocorrer situações de privação.
O desemprego deve ser temporário, porque a verdadeira solução para este grave
problema é o regresso, ou ingresso, ao mercado do trabalho. A solidariedade
exige o combate ao desemprego, no sentido de reduzir substancialmente o numero
de pessoas atingidas e encurtar o mais possível a sua duração. Dada a atual
situação econômica nacional e mundial, este objetivo só poderá ser atingido a
médio ou longo prazo.
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