Dentre os
vários problemas nacionais, um deles é sem dúvida alguma a muralha da
informação, ou da contrainformação, que separa o Brasil da realidade mundial e
não se trata da informação imparcial porque, como já se disse, não há notícia
ingênua, mas da narrativa dos fatos com algum grau de objetividade, veracidade.
A grande mídia dos países mais destacados guarda algum pudor diante da versão
dos acontecimentos, mesmo que esteja presente o viés ideológico, estatal ou
privado, direcionando o ângulo da notícia. Porém, hoje em dia, existe uma efetiva
quebra do monopólio global da comunicação que, desde o fim dos anos oitenta, se
encontrava em mãos exclusivas dos Estados Unidos, e filiais legítimas ou
oficiosas, nas mais diversas nações. Há, na atualidade, uma diversidade de
informação transitando pelas autovias da comunicação graças à revolução
científica e tecnológica dos meios de comunicação nesses últimos quinze
anos. As pessoas podem checar as mais
contraditórias explicações sobre os acontecimentos através do manuseio de um
simples apertar de botão do controle remoto de um aparelho de televisão, o que
praticamente obriga a imprensa escrita, ou pela internet, a não escamotear os
fatos que estão se desenrolando em escala mundial. Porém, no Brasil, as coisas
se passam de maneira diferente, porque o controle monopolista da mídia
hegemônica é de tal magnitude que não existe a versão alternativa sobre o que
está acontecendo, inclusive nos canais por assinatura, já que eles também se
encontram sob o estrito controle internacional e regional. Trata-se de uma
contundente ditadura econômica neoliberal midiática de tal maneira que o Brasil
encontra-se ilhado quanto aos fenômenos em curso, salvo por notícias esparsas,
desconexas, da crise do capitalismo em todo o mundo. As gigantescas e contínuas
manifestações de inconformismo social que se espalham pela Europa não têm a
exata dimensão noticiosa entre nós, tampouco os avanços contra o neoliberalismo
que se espalham pela América Latina, nem o banho de sangue decorrente das
intervenções armadas no Oriente e em boa parte da Ásia. Na medida em que avança
a alternativa ao neoliberalismo em nosso continente, cresce a resistência
popular na Europa, intensificam-se os conflitos em vários lugares do mundo,
impõe-se a luta pela democratização da mídia no país para a elevação da
consciência social e a garantia da soberania nacional.
Quando houver mais liberdade de expressão, menos mazelas deverão ser praticadas pelos políticos. Guilherme Santiago
ResponderExcluirBom mesmo é sabermos que existem comunicadores como vc, que não deixa nada passar sem que o povo não saiba. Parabéns por isso.
ResponderExcluirOrlando Pires de Santana
Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
ResponderExcluirQuem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
Marcos 16:15-16
Cícero Andrade