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Câmara

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8 de maio de 2013

LIBERDADE DE EXPRESSÃO EMPERRADA NO VIÉS DA COMUNICAÇÃO



Dentre os vários problemas nacionais, um deles é sem dúvida alguma a muralha da informação, ou da contrainformação, que separa o Brasil da realidade mundial e não se trata da informação imparcial porque, como já se disse, não há notícia ingênua, mas da narrativa dos fatos com algum grau de objetividade, veracidade. A grande mídia dos países mais destacados guarda algum pudor diante da versão dos acontecimentos, mesmo que esteja presente o viés ideológico, estatal ou privado, direcionando o ângulo da notícia. Porém, hoje em dia, existe uma efetiva quebra do monopólio global da comunicação que, desde o fim dos anos oitenta, se encontrava em mãos exclusivas dos Estados Unidos, e filiais legítimas ou oficiosas, nas mais diversas nações. Há, na atualidade, uma diversidade de informação transitando pelas autovias da comunicação graças à revolução científica e tecnológica dos meios de comunicação nesses últimos quinze anos.  As pessoas podem checar as mais contraditórias explicações sobre os acontecimentos através do manuseio de um simples apertar de botão do controle remoto de um aparelho de televisão, o que praticamente obriga a imprensa escrita, ou pela internet, a não escamotear os fatos que estão se desenrolando em escala mundial. Porém, no Brasil, as coisas se passam de maneira diferente, porque o controle monopolista da mídia hegemônica é de tal magnitude que não existe a versão alternativa sobre o que está acontecendo, inclusive nos canais por assinatura, já que eles também se encontram sob o estrito controle internacional e regional. Trata-se de uma contundente ditadura econômica neoliberal midiática de tal maneira que o Brasil encontra-se ilhado quanto aos fenômenos em curso, salvo por notícias esparsas, desconexas, da crise do capitalismo em todo o mundo. As gigantescas e contínuas manifestações de inconformismo social que se espalham pela Europa não têm a exata dimensão noticiosa entre nós, tampouco os avanços contra o neoliberalismo que se espalham pela América Latina, nem o banho de sangue decorrente das intervenções armadas no Oriente e em boa parte da Ásia. Na medida em que avança a alternativa ao neoliberalismo em nosso continente, cresce a resistência popular na Europa, intensificam-se os conflitos em vários lugares do mundo, impõe-se a luta pela democratização da mídia no país para a elevação da consciência social e a garantia da soberania nacional.

3 comentários:

  1. Quando houver mais liberdade de expressão, menos mazelas deverão ser praticadas pelos políticos. Guilherme Santiago

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  2. Bom mesmo é sabermos que existem comunicadores como vc, que não deixa nada passar sem que o povo não saiba. Parabéns por isso.
    Orlando Pires de Santana

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  3. Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
    Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
    Marcos 16:15-16

    Cícero Andrade

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