Na quinta-feira santa
– dia 28 de março retro, 08 das doze pessoas que representavam os doze
apóstolos e tiveram os seus lavados pelo sacerdote da Paróquia Santa Rita de
Cássia, no bairro São Caetano em Itabuna, Frei Genilton, eram presidiários do
Conjunto Penal de Itabuna. Na celebração do lava-pés, a Igreja, seguindo o
exemplo de Jesus, de se por a serviço preferencial em favor dos pobres. Nesta
mesma quinta-feira santa passada, o Papa Francisco celebrou a Missa do Lava-Pés
em um presídio para adolescentes na cidade de Roma, sinalizando para toda a
Igreja do mundo que os católicos devem estar ao lado de todos que sofrem:
inclusive os presos. Em Itabuna, neste mês de março de 2013, o Conjunto Penal
de Itabuna tem sido alvo de intensa preocupação por parte de toda a sociedade,
em face da operação policial que está em curso para tentar conter a
criminalidade, que, efetivamente tem relação direta com a situação de abandono
e descaso do Estado da Bahia com o Conjunto Penal de Itabuna, o que propiciou o
surgimento de facções no sistema prisional local. Esta operação policial tem
sido acompanhada de perto pelas Igrejas Católicas e Batista Esperança, pela OAB
local e outras entidades da cidade de Itabuna, que já realizaram dois encontros
com familiares de presos e a direção do presídio na Igreja Santa Rita de Cássia
e os representantes destas entidades tem visitado periodicamente o Presídio
neste período. Somente na noite da Páscoa – 31 de março, na Missa das 19:00, o
Frei Genilton informou à comunidade acerca dos escolhidos. A opção em não
divulgar tal fato foi uma opção construída com as autoridades prisionais, para
evitar atos de discriminação e preconceito contras os detentos e para a
segurança dos 08 internos e da comunidade paroquial. Esta atividade foi
autorizada pela Juíza da Execução Penal – Dra. Antonia Faleiros e acompanhada
por policiais à paisana que estavam presentes a tudo acompanhando, em harmonia
com a direção do Presídio. O desenrolar da cerimônia foi na mais completa
normalidade e com participação bastante atenta dos detentos, que adentraram na
celebração pela porta da frente, na procissão de entrada da Missa e ficaram
postados no altar. Nada ocorreu desde a chegada dos internos à Igreja até o
retorno ao Presídio. A atividade foi coordenada pela Pastoral Carcerária local
e pelo Conselho da Comunidade, tendo à frente os coordenadores respectivos - Davi
Pedreira e Ivone Montenengro e pelo Frei Genilton.
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