Prefeitura Itabuna

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2 de abril de 2013

ITABUNA ENFRENTA GRAVE PROBLEMA COM MOBILIDADE URBANA



O que devem fazer o governo municipal para melhorar a mobilidade urbana em Itabuna? Sempre que consultada sobre o que considera os maiores problemas de Itabuna, a população costuma eleger prioritariamente os itens segurança, saúde e mobilidade urbana. Acontece que segurança é uma questão constitucional do governo estadual com apoio da União, saúde é atribuição das três esferas de poder, enquanto mobilidade urbana é uma responsabilidade do município. Para solucionar esse problema, a prefeitura necessita de apoio dos governos estadual e federal na definição da política nacional para o setor e no aporte de recursos, uma vez que mais de 60% dos brasileiros já moram nas cidades de grande e médio portes. Nas eleições do ano passado, o tema mobilidade urbana fez parte das propostas de governo do então candidato Vane do Renascer, sendo tema recorrente em debates, reuniões e peças da propaganda eleitoral do PRB e seus aliados. Prometeu-se muito mais do que é possível fazer, o que é até natural em tais circunstâncias: Vane queria se mostrar o melhor candidato ante os olhos do eleitor e sagrar-se vencedor do pleito. Ocorre que, quando chega a hora de enfrentar a realidade, cai a ficha de que, nem sempre, o ideal prometido é passível de implantação no mundo real. Isso porque, depois de 20 anos praticamente sem investimentos federais na área de mobilidade urbana, hoje existem problemas de difícil solução no curto prazo, tais como carência de infraestrutura, falta de capacitação técnica e inexistência de projetos estruturantes. Logo, não existem soluções milagrosas que possam ser implementadas e apresentem resultados de uma hora para outra, sem o devido planejamento, elaboração de projetos, capacitação de pessoal, obras de infraestrutura e a estruturação dos órgãos de gerência. A administração municipal precisa adotar medidas urgentes para incentivar o uso do transporte não motorizado, recuperar os passeios e calçadas para melhorar os deslocamentos a pé, implantar redes cicloviárias, criar corredores de ônibus com faixas e vias exclusivas, instalar câmeras e outras tecnologias de fiscalização e controle para melhorar a fluidez do trânsito, bem como construir terminais de integração dotados de conforto, funcionalidade e segurança. Ou seja, investir na mobilidade de quem anda a pé, de bicicleta ou no transporte público, além de possibilitar a atração de quem usa o transporte individual, pois quando o transporte coletivo é eficiente, passa a ser usado por todos. Aliás, é o que ocorre nos países desenvolvidos que há muito apostaram nesse caminho e já acontece em algumas cidades brasileiras, como Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. Essa realidade tem que ser encarada com determinação e responsabilidade pelo prefeito Vane do Renascer para que a população não seja enganada com falsas promessas.

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