A difícil missão de colocar a casa em
ordem e estancar a onda de violência que apavora a população de Itabuna é o
principal desafio do prefeito, Vane do Renascer. O povo itabunense está em meio
à uma guerra urbana. Em pouco mais de 60 dias, Itabuna registrou 34 execuções
na periferia. Especialistas são unânimes ao afirmar que o governo do Estado
perdeu o controle sobre as ações de combate ao crime na Bahia e Itabuna é uma
das cidades mais prejudicadas pela inércia do governador Jaques Wagner em dar
soluções para este problema. Por Vane ser aliado de Wagner, o itabunense espera
que a situação seja revista e o Estado assuma sua responsabilidade em enfrentar
os criminosos, que sitiam, amedrontam as comunidades de periferia de Itabuna.
Mas não é só aqui que há descontrole no setor de segurança. Todas as cidades
baianas reclamam e estão amedrontadas. Falta para a Bahia uma ação política
com começo, meio e fim para a segurança pública. A mudança no comando da
Secretaria da Segurança é necessária. Ninguém em sã consciência admite tantas
mortes de jovens por muito tempo. É preciso dar um basta. Porém, não adianta
trocar o comando sem que haja uma profunda reestruturação nas políticas
de segurança pública. O compromisso de quem quer venha a assumir a Secretaria
de Segurança Pública, é iniciar urgentemente um plano de combate à violência. O
governador parece não se sentir pressionado pela imprensa, com as insistentes
reportagens sobre a explosão da violência no estado. Um dos graves erros
de Wagner é subestimar a grave crise na área. O governo deve ter humildade para
reconhecer o problema e procurar ações integradas. Outro fator que contribui para
o agravamento da situação é a falta de melhores condições da Polícia Civil nas
investigações sobre o crime organizado. Fica a sensação de que a Policia Civil
baiana foi colocada de lado, não tem mais a confiança do governo e a Polícia
Militar é que passou a fazer o trabalho de inteligência e de investigação. Em
muitas situações, esse trabalho de inteligência da PM, em vez de resultar em
prisões e esclarecimento de crimes, resultou em assassinatos e truculência. O
aumento dos casos de violência e mortes com vítimas crianças e adolescentes
ampliam a repercussão, a comoção e a pressão social, gerando a necessidade de
mudanças urgentes nos rumos da segurança pública da Bahia. Itabuna está apavorada
e o resto da Bahia, idem!
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