Prefeitura Itabuna

Câmara

Câmara

4 de março de 2013

FISCALIZAR SEMPRE PARA NUNCA HAVER LAMENTAÇÕES



Depois da ofensiva que fiscalizou boates e casas de show em Itabuna, logo deverá ser a vez de grandes clubes sociais. Espaços tradicionais, alguns que existem há décadas, devem ser fechados caso estejam em desacordo com normas gerais de funcionamento – principalmente, no quesito segurança. A tragédia de Santa Maria (RS) conseguiu algo jamais visto Brasil afora. Praticamente todas as cidades saíram em campo com uma só preocupação: verificar as condições de funcionamento desses locais de grande aglomeração. O resultado dessa iniciativa, como seria inteiramente previsível, revela, de início, que a regra é desobedecer, descumprir princípios básicos para o funcionamento dos estabelecimentos. A fiscalização é incipiente e, em algumas situações, é realizada com certo amadorismo – quando não, tratando de emplacar interesses apenas subalternos. No Rio Grande do Sul mesmo, a boate Kiss havia contratado, antes do incêndio, uma empresa para correção de instalação elétrica ou algo assim. A empresa foi contratada por orientação de policiais dos Bombeiros que constataram problemas na Kiss. O detalhe tenebroso é que a tal empresa tem como sócio justamente um dos oficiais do CB gaúcho. Na onda de caça às irregularidades – de qualquer dimensão –, queremos ver poderosos respondendo pelos crimes que eventualmente cometerem. Até agora, no entanto, as investigações sobre a boate atingida pelo fogo pesam sobre dois sócios e os integrantes da banda que se apresentava naquela noite de sábado, madrugada de um domingo. Não que sejam bodes expiatórios no meio de uma tragédia. Mas parece pouco apontar culpados, sem achar problemas com as autoridades cuja obrigação era a de fiscalizar. Espera-se que a fiscalização não venha a acabar rapidamente, logo depois que a imprensa parar de falar sobre Santa Maria, incêndio e mais de duas centenas de mortos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente no blog do Val Cabral.

Publicidade: