Na semana passada, cientistas ingleses
descobriram um gene relacionado à capacidade de liderança de uma pessoa. O gene
seria o responsável por determinar, em parte, se alguém será um líder ou não,
de acordo com a pesquisa. Não discordo da pesquisa, cuja reportagem foi
publicada pela revista Exame, mas acredito que um gene isolado, se não for
estimulado, não serve para nada. Afinal, a liderança só é construída a partir
de um conhecimento adquirido e do domínio deste conhecimento. Existem dois
tipos de pessoas, aquelas que querem ser líderes e aquelas que querem ser
lideradas. Um líder sabe identificar seus defeitos, suas virtudes, suas
qualidades e suas fraquezas. Não existe líder sem regras, sem orientação, sem
determinação, sem entrega a um objetivo. E o ser humano é movido por duas
forças: a dor e o prazer. E é nesta relação que identificamos os líderes. Um
líder abdica de certos prazeres hoje para poder ter prazer no futuro e,
normalmente, ele dá mais para a vida do que a vida lhe dá. A liderança vem do
conhecimento adquirido e fatores socioeconômicos e culturais interferem na
formação de um líder. O ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa,
talvez seja o maior exemplo recente. Nasceu em uma família humilde, mas que
sempre valorizou a educação e a leitura. Precisamos mudar o atual modelo de
formação de nossos jovens, hoje voltados para a resolução de problemas, e
adotarmos modelos como os da China, direcionados para a construção de soluções.
Acredito que o modelo atual só vai mudar através do incentivo a três pilares: a
matemática, a lógica e a leitura. A educação é e sempre será a chave para o
desenvolvimento de novos líderes. Bens materiais podem ser vendidos, quebrados,
perdidos. O conhecimento, este, sim, é para sempre.
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