Alguém já disse que não moramos no Estado ou no
País; moramos numa cidade, no município. Logo, essa é a dimensão que nos parece
mais próxima, ligada às demandas cotidianas, seus problemas e projetos para o
futuro – em breve ou para o longo prazo, não importa. Nesses dias, dezenas de
prefeitos baianos estiveram em Brasília buscando recursos e meios para melhor
gerenciar suas prefeituras. Falam com ministros, com os representantes da
bancada federal e até, com certa sorte, diretamente com a presidente Dilma. Nesses
encontros, o governo é acusado de impor uma agenda ou se portar como o salvador
da pátria. Nada mais enganoso. Isso nada tem a ver com eventuais desvios de
conduta por parte daqueles que escolhemos para comandar os destinos do local
onde moramos, por pelo menos quatro anos. As cidades estão em situação de
aperto máximo, consequência da redução nos repasses do Fundo de Participação
dos Municípios, o que se prolongou ao longo dos meses de 2012. Em busca de
compensação por essas perdas, os prefeitos cobram da presidente Dilma uma
postura ao lado dos municípios – e ela já se dispôs a ajudar concretamente. É
importante que, homens públicos devidamente imbuídos da missão de gerir o
interesse social, esses prefeitos mostrem tal disposição no dia a dia como
administrador do erário. Temos em andamento uma guerra de versões. De um lado,
os que deixaram o cargo; e do outro, os novos que assumiram a cadeira para
quatro anos de mandato. Os dois têm argumentos barulhentos para defender um
lado e outro. Cabe ao Ministério Público, e depois à Justiça, um aprofundamento
de alguns aspectos que venham a sumir. O bate-boca no meio da praça não serve
para nada, a não ser para desqualificar o debate; também é absurda a suposta
fabricação de uma herança maldita por parte de alguns e de olho na grana
alheia. Da nossa parte, o que mais desejamos, é que bancada, Estado e
municípios estejam juntos na guerra por Itabuna!
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